Se o valor de mercado fosse aplicado à compra, a pasta teria pago US$ 14,8 milhões a menos
O Ministério da Saúde comprou máscaras do tipo KN95 em abril do ano passado a um valor 29% superior ao que foi pago por uma empresa privada na mesma época, do mesmo importador e do mesmo fornecedor. A informação é da coluna de Thiago Herdy, no UOL.
A compra das 40 milhões de máscaras, que foram distribuídas a profissionais na linha de frente de enfrentamento da Covid-19, custou US$ 66 milhões. Se o valor mais baixo fosse aplicado, a pasta teria pagado US$ 51,2 milhões, uma diferença de US$ 14,8 milhões.
De acordo com contrato assinado com a 356 Distribuidora, Importadora e Exportadora, representante no Brasil da empresa de Hong Kong Global Base Development HK Limited, cada máscara custou US$ 1,65.
Em abril, a mesma distribuidora assinou um contrato de importação do modelo KN95 semelhante. No entanto, elas custaram US$ 1,28 cada.
O dono da 356 Distribuidora, Freddy Rabbat preferiu não comentar. O Ministério da Saúde também não se pronunciou.
Rabbat representa no Brasil a marca de relógios suíça Tag Heuer e preside a Associação Brasileira de Empresas de Luxo. Desde 2019 ele é conselheiro fiscal da Eucatex, empresa da família do ex-deputado federal Paulo Maluf (PP).