Ministro da Defesa ameaça golpe de estado se voto impresso não for aprovado

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Acompanhando dos chefes das Forças Militares, Braga Netto avisou que não haveria eleições em 2022 sem voto impresso

O ministro  da Defesa, Walter Braga Netto, ameaçou um golpe de estado caso o voto impresso não seja aprovado no Congresso Nacional. Segundo apuração exclusiva do jornal O Estado de S. Paulo, o “general pediu para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável”. Ao dar o aviso, o ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

O duro recado foi dado no dia 8 de julho, segundo o fontes do jornal em encontro de Braga Netto com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) repetiu publicamente a ameaça do general no mesmo dia. “Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”, afirmou Bolsonaro a apoiadores, naquela data, na entrada do Palácio da Alvorada.

A ameaça de não autorizar eleições, previstas na Constituição Federal, configura golpe de estado. Segundo o jornal, Lira não concordou com os termos e procurou Bolsonaro pessoalmente. O deputado teve uma longa conversa , no Palácio da Alvorada.

De acordo com relatos obtidos pelo Estadão, o presidente da Câmara disse ao chefe do Executivo que não contasse com ele para qualquer ato de ruptura institucional. Líder do Centrão, bloco que dá sustentação ao governo no Congresso, Lira assegurou que iria com Bolsonaro até o fim, com ou sem crise política, mesmo se fosse para perder a eleição, mas não admitiria golpe.

O recado dos militares e a reação de Lira são de conhecimento de um restrito grupo da política e do Judiciário com quem o Estadão conversou nas últimas duas semanas. Pela delicadeza do tema, todos pediram para manter os relatos sob sigilo. Desde segunda-feira o Estadão vem procurando o Ministério da Defesa, mas não obteve respostas para os questionamentos.

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