Cara de pau: Kassio defende sua decisão monocrática que liberou cultos presenciais e critica “hipocrisia”

Leia mais

“Momento é mais de bom senso e não de hipocrisia. Tem muita hipocrisia. Tem muitas atividades funcionando”, disse o ministro Kassio Nunes Marques, do STF, ao justificar sua decisão que promove aglomeração no pior momento da pandemia

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta segunda-feira (5) a sua decisão monocrática que liberou cultos presenciais em todo o país, no pior momento da pandemia do novo coronavírus, que já matou 332 mil pessoas e contaminou 13 milhões de brasileiros.

Em declaração à CNN Brasil, Nunes Marques classificou como “hipocrisia” fechar igrejas enquanto outras atividades continuam abertas país afora.

“Momento é mais de bom senso e não de hipocrisia. Tem muita hipocrisia. Distrito Federal, dentre outros estados e municípios, tem academias e restaurantes abertos porque se avaliou que seriam essenciais nesta pandemia. E tem muitas atividades funcionando”, disse.

Ele disse ter a “sensibilidade que é um momento crítico para o Brasil”, mas que há “falta de compreensão” sobre as atividades dos templos religiosos no país. “A participação das igrejas é muito importante para amparo espiritual e isso não dá para incluir na cabeça de quem não conhece a sua essencialidade. Tem essa atividade fundamental que é orar e tem uma atividade de acolhimento, assistencial”, afirmou.

Mais cedo, o ministro Gilmar Mendes, do STF, vetou a presença de público em cultos religiosos em São Paulo, e remeteu o caso para o plenário da Corte. Dentro do Supremo a tendência é vetar as celebrações presenciais. O presidente do STF, Luiz Fux, já sinalizou em várias manifestações que a situação do país é preocupante. O ministro Marco Aurélio Mello também criticou a decisão de Nunes Marques. “Pobre Supremo, pobre Judiciário”, disse.

- Publicidade -spot_img

More articles

- Publicidade -spot_img

Últimas notíciais