Maior goleador da história e único futebolista que conquistou três Copas do Mundo colecionou uma série de recordes, condecorações e gols antológicos
Estádio Ullevi, 19 de junho de 1958, em Gotemburgo. A partida contra a seleção do País de Gales, válida pelas quartas de final da Copa do Mundo na Suécia, estava truncada. Forte defensivamente, os galeses permitiam poucas chances de gol à seleção brasileira.
Até que, aos 21 minutos do segundo tempo, um jovem franzino, de costas para o gol, recebe passe de Didi, aplica um pequeno chapéu no zagueiro Melvin Charles, gira o corpo e coloca a bola no cantinho da meta galesa. Companheiros correm para abraçar o garoto de 17 anos enrolado na rede do gol, o estádio aplaude de pé, e fotógrafos invadem o gramado para registrar o momento.
Começava ali o reinado de Pelé, o maior futebolista de todos os tempos. Um supercampeão que revolucionou o jogo e, com uma bola nos pés, encantou o mundo.
Mundo este que ficou órfão nesta quinta-feira (29/12). Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé, morreu aos 82 anos de idade, em São Paulo, em decorrência de um câncer de cólon. O esporte mundial está de luto.
O Rei do Futebol foi diagnosticado com um câncer no cólon em setembro de 2021. No início de 2022, Pelé teve diagnosticadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado.
De Três Corações para o mundo
“Assim como só houve um Beethoven e um Michelangelo na história, só há um Pelé.” Para muitos, essa frase proferida pelo próprio Pelé reflete a real grandeza do craque brasileiro. A gama de conquistas e feitos do mítico jogador é numerosa e incontestável: entre as incontáveis condecorações, ele foi nomeado o Atleta do Século, agraciado como cidadão do mundo pelo Unicef, condecorado Cavaleiro da Legião de Honra da França e é um dos poucos estrangeiros a receber o título de Sir do Reino Unido.
O Rei do Futebol chegou a interromper uma guerra e é o único futebolista que conquistou três vezes a Copa do Mundo, além de seguir sendo o maior goleador da história.
Pelé nasceu na cidade mineira de Três Corações, em 23 de outubro de 1940. Naquela época, a energia elétrica tinha recém-chegado à cidade, e João Ramos do Nascimento, o pai de Pelé e mais conhecido como Dondinho, decidiu homenagear o inventor americano Thomas Alva Edison, que criou a lâmpada elétrica e assinou mais de mil patentes.
Dondinho era jogador de futebol e notório por ter sido um exímio cabeceador – há relatos de ter marcado cinco gols de cabeça em um único jogo, a única marca que seu filho não conseguiria quebrar. O pai de Pelé teve uma passagem curta pelo Atlético-MG, mas uma lesão no joelho impediu sua ascensão no futebol.
Dondinho perambulou por clubes menores no interior de Minas Gerais, entre eles o Vasco da Gama, de São Lourenço. Na época, seu filho mais velho acostumava acompanhá-lo nos treinos e brincava à beira do gramado com seu jogador favorito, o goleiro Bilé. Mas o ainda jovem Edson pronunciava o apelido do goleiro de forma errada, dizendo algo parecido com “Pilé” – por se irritar com as chacotas, o apelido pegou e ele passou a ser chamado Pelé.
Em 1945, Dondinho foi atuar no Bauru Atlético Clube. E foi na cidade no interior de São Paulo que Pelé passou sua infância e onde deu seus primeiros passos no futebol. A família era pobre e Pelé ajudava no orçamento da casa como engraxate de sapatos na estação ferroviária de Bauru. No tempo livre, Dondinho passava horas com seu filho em exercícios – ele ensinou a Pelé a importância de finalizar com os dois pés, a conduzir a bola mais próxima do corpo e a cabecear.
A derrota do Brasil na final da Copa do Mundo de 1950 para o Uruguai causou perplexidade e comoção em todo o país – também na casa da família Arantes do Nascimento. Dondinho acompanhou a partida pelo rádio e derramou lágrimas com o vexame posteriormente apelidado de Maracanaço. “Não se preocupe, pai”, disse Pelé, com nove anos. “Um dia vencerei a Copa do Mundo para você, prometo.” Dondinho morreu em 1996, aos 88 anos, e viu seu filho erguer três vezes a taça Jules Rimet.
Embora menor e mais franzino que seus colegas de escola, Pelé se destacava entre os adultos e frequentemente jogava como goleiro no futebol de rua para equilibrar as equipes – na carreira, Pelé chegou a atuar como goleiro em quatro jogos oficiais pelo Santos: todos vencidos e sem ter sofrido gols.
“Esse é aquele que vai ser o melhor do mundo”
Pelé chegou à Vila Belmiro em 8 de agosto de 1956. “Esse é aquele que falei que vai ser o melhor do mundo”, disse seu descobridor e então treinador Waldemar de Britto – e também ex-jogador da seleção brasileira – ao apresentar o jovem de 15 anos aos dirigentes do clube santista. Mesmo antes de seu primeiro jogo profissional, Pelé atraía multidões que queriam ver o talento do garoto, que pesava 55 quilos e nas fotografias parecia ser a mascote da equipe.
O Santos Futebol Clube foi sua casa por 18 anos, seis meses e 26 dias. Com a camisa do alvinegro praiano, Pelé conquistou duas Taças Libertadores da América, dois Mundiais Interclubes, quatro Torneios Rio-São Paulo, dez Campeonatos Paulistas, além de cinco Taças Brasil e um Torneio Roberto Gomes Pedrosa (estes posteriormente considerados títulos brasileiros pela CBF).
Pelé foi artilheiro do Campeonato Paulista por nove anos consecutivos – no Paulistão de 1958 marcou impressionantes 58 gols em 38 jogos, um recorde provavelmente eterno. No ano seguinte, o Rei do Futebol estabeleceu outra marca que dificilmente será quebrada: 127 gols em uma única temporada.
Pelé possuía um extraordinário repertório técnico à frente de seu tempo e uma extensa coletânea de gols antológicos. Ele era habilidoso, veloz, driblava curto, cabeceava com perfeição (e de olhos abertos), chutava forte e com precisão, lançava como poucos e era exímio cobrador de faltas. Em três temporadas, superou a marca de 100 gols. Assinalou oito gols em um jogo, cinco em seis jogos, quatro em outros 31 jogos e incríveis 92 tripletas.
Tinha um condicionamento físico privilegiado: corria 100 metros em 11 segundos, saltava 1m80 de altura e 6m50 de distância. Além disso, em sua carreira sofreu poucos estiramentos, nenhuma fratura e poucas vezes deixou de jogar por contusão – e isso numa época em que a preparação física não era tão evoluída como atualmente e o jogo era muito mais pegado.
Pelé atuou em 1.281 jogos pelo Santos e marcou 1.091 gols – mas sempre afirmou que o mais memorável foi marcado contra o Juventus, em 2 de agosto de 1959. Sem imagens, a jogada foi recriada em computação gráfica com a ajuda de testemunhos: no lance, Pelé aplica quatro chapéus dentro da grande área, incluindo um no goleiro Mão de Onça, antes de cabecear para o gol vazio. Na comemoração nascia sua marca registrada – o soco no ar.
Em 5 de março de 1961, contra o Fluminense de Telê Santana, protagonizou o nascedouro da expressão “gol de placa”, atribuída a um gol de rara beleza. No fim do primeiro tempo, Pelé arrancou com a bola da própria intermediária, driblou seis adversários e finalizou na saída do goleiro Castilho. O Maracanã lotado de torcedores tricolores aplaudiu.
O jornalista Joelmir Betting, que na época trabalhava no jornal O Esporte, ficou tão impressionado com o gol que mandou fazer uma placa de bronze para colocar no saguão do Maracanã, com os dizeres: “Neste estádio, Pelé marcou no dia 5 de março de 1961 o tento mais bonito da história do Maracanã”.
Pelé desfrutou de uma relação muito gloriosa com o Maracanã – o Santos disputou a final da Taça Libertadores de 1963 contra o Boca Juniors, e as decisões dos Mundiais Interclubes de 1962, contra o Benfica, e de 1963, contra o Milan, além de conquistar no Rio de Janeiro as Taças Brasil de 1962, 1964 e 1965, na época, o mais importante torneio do futebol brasileiro.
E quis o destino que o mítico estádio fosse também palco do milésimo gol na carreira de Pelé, marcado em 19 de novembro de 1969, contra o Vasco da Gama. Aos 33 minutos do segundo tempo, com o placar em 1 a 1, o zagueiro vascaíno René cometeu um pênalti. Centenas de fotógrafos e cinegrafistas se aglomeraram atrás da meta de Andrada para registrar o momento histórico.
Pelé cobrou com o pé direito no canto esquerdo e foi buscar a bola no fundo das redes. Rodeado pelos repórteres que invadiram o campo, Pelé aproveitou o momento para dar voz às crianças carentes no Brasil. “Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas”, disse. “Ajudemos às crianças desafortunadas, que precisam do pouco de quem tem muito.”
Pelé parou guerra e “expulsou” árbitro
O lendário Santos da década de 1960 – que contava ainda com grandes atletas como Gylmar dos Santos Neves, Mauro Ramos de Oliveira, Lima, Zito, Dorval, Mengálvio, Pagão, Pepe, Coutinho, Toninho Guerreiro, Edu e Clodoaldo – fez inúmeras excursões mundo afora. Em 1967, as duas facções envolvidas na guerra civil da Nigéria acertaram um cessar-fogo de 48 horas para que todos pudessem assistir ao Rei do Futebol num jogo de exibição em Lagos.
Outro caso curioso ocorreu em 17 de julho de 1968, em mais um giro do Santos pela América do Sul. O alvinegro santista vencia a seleção olímpica colombiana, em Bogotá, pelo placar de 4 a 2, quando o árbitro Guilhermo Velásquez expulsou Pelé. Revoltados e indignados, os torcedores presentes no Estádio El Campin exigiram a volta do “Rei” ao campo e a retirada do juiz – o que acabou acontecendo para alegria dos torcedores colombianos.
A gloriosa união de Pelé com o Santos chegou ao fim em 2 de outubro de 1974. O “Rei” viria ainda a atuar por três temporadas pelo Cosmos, de Nova York, onde conquistou a liga americana em 1977 – mesmo ano em que se despediu definitivamente dos gramados, em 1º de outubro, num amistoso entre as duas camisas que defendeu profissionalmente: Cosmos e Santos.
Pelé colocou o Santos entre os grandes clubes da história do futebol mundial, mas foi com a seleção brasileira que Pelé catapultou ao status de inigualável. Num mundo infinitamente menos midiático do que o atual, o mito do Rei do Futebol se consolidou principalmente com as atuações em Copas do Mundo e números irrepreensíveis.
A imortalização da camisa 10 da Seleção
Pelé estreou pela Seleção em 7 de julho de 1957 – com gol – e defendeu a Amarelinha até 18 de julho de 1971. Nestes 14 anos, conquistou três Copas do Mundo e duas Copas Rocca. Ele disputou 14 jogos em Copas e venceu 12 – empate sem gols com a então Tchecoslováquia, em 1962 (jogo em que se lesionou) , e derrota de 3 a 1 para Portugal, em 1966, quando foi caçado em campo e atuou lesionado – e marcou 12 gols.
Além disso, ele carrega a marca de nunca ter perdido um jogo pela Seleção ao lado de outra lenda do futebol brasileiro. Com Mané Garrincha, foram 40 jogos com 36 vitórias e quatro empates. E até hoje Pelé é o jogador mais jovem campeão mundial (17 anos, oito meses e seis dias), o mais jovem a marcar um gol pelo Brasil (16 anos, oito meses e 15 dias) e o maior artilheiro da Seleção, com incríveis 95 gols em 114 partidas (nesta conta estão incluídos 18 gols em 22 jogos não oficiais).
Em 21 anos de carreira, Pelé disputou 1.363 jogos e marcou irrepreensíveis 1.281 gols – o maior artilheiro da história do futebol profissional, o único jogador tricampeão mundial. Aclamado como “Rei do Futebol” durante a carreira, Pelé foi condecorado Atleta do Século pelo jornal francês L’Équipe, em 1981, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), pela agência de notícias Reuters, revista France Football e Unicef, em 1999, e pela Fifa, em 2000.
Genial dentro de campo, Pelé se manteve sob os holofotes também fora das quatro linhas, porém, às vezes, não com a mesma habilidade. O eterno Camisa 10 não usou seu status de ídolo nacional para criticar a ditadura militar no Brasil, nem para lutar por melhorias no futebol brasileiro.
“Fui covarde quando jogava. Só me preocupava com a evolução da minha carreira”, ele se desculparia, décadas depois, na época em que foi ministro dos Esportes durante o primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Gênio em campo; mas, fora, nem tanto
Sua carreira gerou enormes dividendos. Mas nem sempre foi assim. Os ordenados de jogadores profissionais na sua época não eram comparáveis com os atuais. Em 1965, por exemplo, sua empresa, Sanitária Santista, faliu, e Pelé chegou a ficar numa situação financeira restritiva.
Mas também poderia ter sido diferente: o Santos recebeu propostas milionárias de clubes europeus interessados na revelação da Copa do Mundo de 1958 – especialmente de italianos – e recusou todas. Em 1961, preocupado com a evasão de jogadores brasileiros, o então presidente do Brasil, Jânio Quadros, declarou Pelé como “tesouro nacional” para impedir sua “exportação” ao Velho Continente.
De fato, Pelé começou a ganhar muito dinheiro só a partir de 1969, inclusive por meio de bons contratos de publicidade – ele soube usar sua imagem e se transformou no primeiro jogador de futebol garoto-propaganda universal.
A marca Pelé, mesmo mais de 45 anos após ele ter pendurado as chuteiras, alcançou um valor estimado de 600 milhões de reais. Pelé cedeu sua imagem para mais de cem marcas e produtos e, até o último dia de sua vida, participou de campanhas publicitárias, eventos e palestras mundo afora. Calcula-se que somente com a Copa do Mundo no Brasil Pelé tenha lucrado entre R$ 50 milhões e 70 milhões com contratos publicitários.
Famoso por emitir frases polêmicas, Pelé soltou expressões como “brasileiro não sabe votar”, durante o regime militar, ou em 2013 a reflexão sobre os gastos exacerbados e obscuros com a organização do Mundial no Brasil: “Faltam 10 meses para começar a Copa. Não vai dar tempo para ver o que foi gasto. Então vamos aproveitar para arrecadar com turismo e compensar o dinheiro que foi roubado dos estádios.”
Pelé aproveitou bem os anos seguintes à sua aposentadoria dos gramados. No início da década de 1980, o Rei do Futebol namorou por seis anos a “Rainha dos Baixinhos”, Xuxa Meneghel. Na mesma época, Pelé se aventurou na televisão e no cinema: o mais notório trabalho cinematográfico foi o filme Fuga para a Vitória, de 1981, no qual contracenou com Sylvester Stallone e Michael Caine e que relata a vida de prisioneiros num campo de concentração nazista – e sua tentativa de fuga durante uma partida de futebol.
Nesta época nasceu também a relação de amor e ódio com o argentino Diego Maradona – e a efêmera discussão sobre quem é o melhor jogador de todos os tempos. O que começou como idolatria – “Houve apenas um Pelé. Os demais vieram em seguida.” (Maradona, antes do Mundial do México, em 1986) – transformou-se numa rixa infantil. “Pelé estreou com um garoto”, disse o polêmico craque argentino em 1997, insinuando que Pelé teria tido sua primeira relação sexual com um menino.
Pelé vs. Maradona: um debate irracional
As constantes comparações com Maradona magoavam Pelé, sobretudo quando partiam de seus compatriotas. “Sou brasileiro! Maradona eMessi só chutam de esquerda.”
A rejeição por alguns brasileiros parece ter menos a ver com futebol, mas com conservadorismo de Pelé fora de campo – sua provavelmente maior contribuição social foi a criação da Lei Pelé, quando era ministro do Esporte. A Lei Pelé instituiu o fim do passe de jogadores nos clubes, instituiu o direito do consumidor nos esportes e disciplinou a prestação de contas de dirigentes esportivos. Mas críticos afirmam que a lei coloca os jogadores à mercê dos empresários.
Pelé e Maradona não podiam ser personagens mais antagônicos. Pelé foi recebido com pompas por diversos presidentes dos EUA e pelo reservado papa Paulo 6º e foi embaixador do Unicef, enquanto Maradona esteve envolvido em diversos escândalos com drogas e nunca escondeu seu desprezo por Washington e sua idolatria pelos revolucionários cubanos Che Guevara e Fidel Castro.
Mas foi em bate-boca com outro craque do futebol brasileiro que ele recebeu o estigma “Pelé calado é um poeta”. Em 2005, Pelé sugeriu que Romário se aposentasse do futebol. O “Baixinho” respondeu com a frase emblemática e sendo artilheiro daquele Campeonato Brasileiro. Anos mais tarde, Pelé chamou o então deputado Romário de ignorante, mas que, por ele, Pelé, ser católico, o perdoava.
Sandra Regina, seu maior gol contra
O craque da Copa de 94 não deixou por menos: “Antes, dizia que ele, calado, era um poeta. Agora, digo que é um boçal. Pelé não é católico. Ele nem assumiu a filha que morreu em 2006. Nem foi ao funeral dela.”
Romário se referia a Sandra Regina Machado, uma das duas filhas que Pelé teve em relacionamentos fortuitos. Além delas, teve outros cinco filhos: três em seu primeiro casamento – incluindo o ex-goleiro Edinho, condenado a 12 anos e 10 meses por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas – e um casal de gêmeos no segundo matrimônio.
A batalha judicial de seis anos de reconhecimento de paternidade é a grande mancha na vida de Pelé. Em 1996, Sandra foi reconhecida como filha pela Justiça e autorizada a usar o sobrenome Arantes do Nascimento, mas a relação continuou distante. Pelé não visitou a filha no leito de morte em 2006, não participou do velório e não foi ao enterro. Apenas mandou uma coroa de flores, em nome de suas empresas. A vereadora de Santos morreu de câncer de mama.
Pelé nunca escondeu seu aborrecimento por Sandra ter procurado a Justiça antes de ter se entendido com ele. Na mesma época do processo, Pelé assumiu outra filha. Ao contrário de Sandra, Flávia Kurtz foi aceita e recebeu ajuda financeira. Em entrevistas, Pelé afirmou ter ajudado Flávia porque ela não havia pedido nada, apenas queria conhecê-lo. Pelé disse ter conhecido Flávia em 1994 e que deu uma pensão de mil dólares mensais até 2000 – a paternidade só se tornou pública em 2002.
O que disseram sobre o mito
“O maior jogador de futebol do mundo foi Di Stéfano. Eu me recuso a classificar Pelé como jogador. Ele está acima de tudo” – Ferenc Puskas, craque da Hungria.
“Se Pelé não tivesse nascido homem, teria nascido bola. Até a bola pedia autógrafo para Pelé” – Armando Nogueira, cronista esportivo brasileiro.
“Posso ser um novo Di Stéfano, mas não posso ser um novo Pelé. Ele é o único que ultrapassa os limites da lógica” – Johan Cruyff, craque da Holanda.
“Eu pensei: ‘Ele é feito de carne e osso como eu’. Eu me enganei” – Tarcisio Burgnich, zagueiro italiano que marcou Pelé na final da Copa do Mundo de 1970.
“Maradona só será um novo Pelé quando ele ganhar três Copas do Mundo e marcar mais de mil gols” – César Luis Menotti, técnico campeão mundial pela Argentina em 1978.
“Quando vi Pelé jogar, fiquei com a sensação de que eu deveria pendurar as chuteiras” – Just Fontaine, atacante francês e maior artilheiro de uma única edição de Copa do Mundo.
“O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé” – Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro.
“Muito prazer, sou o presidente dos EUA. Você não precisa se apresentar, porque Pelé todo mundo sabe quem é” – Ronald Reagan, ex-presidente dos EUA.
“Pelé foi um jogador excepcional, estupendo. Nós, brasileiros, devemos dar graças a Deus por ele ter nascido aqui” – Zico, craque brasileiro.
“Em alguns países, as pessoas queriam tocá-lo, em outros, queriam beijá-lo. Em outros até beijaram o chão que ele pisava. Eu achava tudo isso maravilhoso” – Clodoaldo, companheiro de Santos e seleção brasileira.
“Se eu pudesse, me chamaria Edson Arantes do Nascimento Bola. Seria a única maneira de agradecer o que ela fez por mim” – Pelé, em janeiro de 1974, falando sobre a importância do futebol em sua vida.
Fonte: DW
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