Investidor alega que recebeu menos dinheiro do que tinha direito quando o atacante se transferiu para o Barcelona
Neymar, Barcelona e Santos serão julgados em 17 de outubro por acusações de fraude e corrupção envolvendo a transferência do atacante brasileiro do Santos para o Barcelona em 2013, disse o grupo de investimento DIS, que move a ação, em uma declaração nesta quarta-feira (27).
O pai de Neymar, a mãe do atleta e a empresa de sua família, a N&N, também foram acusados no caso, juntamente com o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues, e com Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, então presidente e vice-presidente do Barcelona.
O caso decorre de uma reclamação do grupo de investimento brasileiro DIS, que possuía parte dos direitos de transferência da Neymar e alega que recebeu menos dinheiro do que tinha direito quando o atacante se transferiu para o Barcelona.
Foram realizadas investigações na Espanha e no Brasil sobre se alguma parte da taxa de transferência havia sido ocultada e o julgamento, a ser realizado na Corte Provincial de Barcelona, deve ser concluído até 31 de outubro.
Neymar negou ter cometido um delito, mas em 2017, o Tribunal Superior da Espanha rejeitou recursos do jogador, de seus pais, da N&N e dos dois clubes, abrindo caminho para que o caso fosse julgado.
Entenda o caso
As investigações na Espanha acabaram revelando que o valor real pago por Neymar chegou a 83 milhões de euros, o que acabou sendo confirmado pelo Barcelona, levando à queda da diretoria. Mas 40 milhões de euros teriam ido para Neymar por meio de “contratos simulados”.
Para a DIS, uma negociação transparente com outros clubes teria gerado mais dinheiro para a empresa que, ao não saber de outros contratos de Neymar com o Barcelona, considera que foi lesada financeiramente.