Tem se tornado banal a comparação entre nazismo e fascismo com o comunismo, como se as ideologias, os programas, os partidos se assemelhassem
Imprescindível a declaração de Daniel Zohar Zonshine, embaixador de Israel no Brasil, em prol da boa informação e do combate às fake news, inclusive aquelas disseminadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Tem se tornado banal a comparação entre nazismo e fascismo com o comunismo, como se as ideologias, os programas, os partidos se assemelhassem. A quem aproveitaria tal comparação? Só aos que caçam comunistas como se caçavam bruxas.
A fala do embaixador é o centro da resposta. Não, o comunismo nunca defendeu a morte de quem quer que seja, já o nazismo sim. Por outro lado, vários dos políticos que se disseram comunistas pela história protagonizaram momentos condenáveis, com a morte de várias pessoas. Mas isso não iguala o comunismo ao fascismo, de forma alguma.
Vários políticos, em defesa do progresso capitalista, também mataram. O que foi a guerra contra o terror promovida pelos EUA, o assassinato de iraquianos e afegãos a torto e direito. Pergunto, então o capitalismo é como o fascismo?
A questão é que o nazifascismo é um dos resultados do que gente como o tal Monark e o KinCatacoquin defendem, absoluta liberdade de expressão. Ora, se é absoluta não tem limites nem quando defende a morte de uma pessoa por ser preta, ou por ser pobre, ou por ser LGBTQIA+, este é o problema.
A liberdade tem limites, os limites são exatamente quando a liberdade de uma pessoa ameaça a liberdade das demais, quando fere ou ameaça ferir bens coletivos, ainda mais a vida de coletividades.
Portanto, muito cuidado antes de relativizar o crime que é defender o nazismo, tentando incutir fake news às pessoas, dizendo que o comunismo é igual. Afinal, só o nazismo e o facismo defendem a morte de parte das pessoas. O comunismo defende a partilha dos meios de produção, por intermédio de um governo da classe trabalhadora, e não das elites que predominam nos governo capitalistas.
VOZ DO PARÁ: Essencial todo dia!