O Irã vai modernizar a maior refinaria da Venezuela

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O Irã iniciou os preparativos para modernizar o Centro de Refino de Paraguaná, a maior refinaria da Venezuela,  uma das maiores do mundo.

Teerã e Caracas, alvos de sanções unilaterais dos Estados Unidos, estão negociando um contrato para reformar o Centro de Refino de Paraguaná, localizado no estado de Falcón, no norte da Venezuela, informou a agência britânica Reuters nesta segunda-feira , segundo fontes ligadas a Caracas.

“Em cerca de um ano, o Irã deverá conseguir trazer seus técnicos para Paraguaná”, disse uma das fontes, detalhando que as empresas estatais iranianas responsáveis ​​pelo projeto estão focadas “nos preparativos, incluindo moradia para o trabalhadores.”

O complexo é composto por duas refinarias, com capacidade para produzir 955.000 barris por dia (bpd), está operando bem abaixo da capacidade devido principalmente a embargos unilaterais dos EUA. As sanções visam paralisar a indústria petrolífera do país sul-americano, bloqueando o investimento estrangeiro e interrompendo as exportações de petróleo bruto do país, cuja receita é indispensável.

No início deste ano, o Irã forneceu peças a Paraguaná para que o complexo pudesse reiniciar uma unidade de produção de gasolina. O acordo para modernizar o complexo do Paraguaná aprofundaria a cooperação energética entre as duas nações e ajudaria os dois aliados a frustrar as medidas coercitivas a que estão submetidos.

Também neste mês, uma unidade da National Iranian Oil Company (NIOC) assinou um contrato de US$ 116 milhões com a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) para reparar e ampliar o El Palito, de 146 mil bpd, no estado de Carabobo.

Nos últimos anos, a República Islâmica forneceu à Venezuela combustível e diluentes para produzir tipos de petróleo exportáveis ​​e, desde 2020, fornece peças para reparar e modernizar a rede de refino de 1,3 milhão de bpd do país sul-americano.

As autoridades do Irã e da Venezuela garantiram repetidas vezes que continuarão fortalecendo sua cooperação em vários setores, como o petróleo, ao mesmo tempo em que alertam Washington para não intervir em assuntos de interesse mútuo para os dois países.

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