A “festa da Selma”, a convocação desses atos insidiosos continha orientações detalhadas para coordenar a invasão dos edifícios dos Três Poderes
A ação da Polícia Federal nesta quinta-feira (17) ecoa como um alerta alarmante sobre os perigos de atos que minam o Estado de direito e a vontade popular expressa nas urnas. Dez mandados de prisão estão sendo cumpridos contra indivíduos identificados como os principais responsáveis por incitar, por meio das plataformas de mídia social, a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro. O grupo de alvos inclui figuras inesperadas, como um líder religioso evangélico, uma cantora de música gospel e influenciadores digitais.
Chamada de “festa da Selma”, a convocação desses atos insidiosos continha orientações detalhadas para coordenar a invasão dos edifícios dos Três Poderes, marcando um ataque direto à estrutura democrática do país. A tentativa de sequestro da soberania popular foi frustrada, mas o dano causado pela incitação ao caos e à desordem não pode ser subestimado.
Polícia Federal executando hoje mais mandados judiciais relativos às investigações sobre os atos golpistas perpetrados em 8 de janeiro. Justiça necessária para que atuem as funções repressivas e preventivas que o Direito Penal exerce.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) August 17, 2023
Simultaneamente às prisões, a PF também realiza 16 mandados de busca e apreensão, buscando evidências de como a conspiração foi orquestrada. Essa operação faz parte da 14ª etapa da Operação Lesa Pátria, sob a autorização do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O momento crucial do país demanda ações firmes para proteger a democracia e reprimir ameaças contra a ordem institucional.
Entre os indivíduos que foram detidos, um nome que se destaca é o do pastor evangélico Dirlei Paiz. Suas mensagens de ataque ao presidente Lula (PT) ecoaram nas redes sociais, alimentando divisões e incitando o ódio político. Além disso, a cantora gospel Fernanda Oliver, que transmitiu ao vivo nas redes sociais durante a invasão de 8 de janeiro, também está entre os detidos.
O fato de que líderes religiosos, figuras culturais e influenciadores digitais estiveram envolvidos nesses atos desestabilizadores é um lembrete contundente dos riscos que a democracia enfrenta quando ideologias extremistas e anti-democráticas ganham espaço. O país deve permanecer vigilante contra aqueles que desejam subverter a ordem democrática em nome de agendas pessoais e politicamente motivadas.
Essa operação da Polícia Federal é uma ação necessária para conter os avanços do extremismo e garantir que o Estado de direito prevaleça sobre aqueles que buscam corroer as bases democráticas do país. No entanto, é fundamental que tais esforços sejam seguidos por medidas mais abrangentes para enfrentar as raízes profundas desses movimentos, promovendo uma cultura de diálogo e respeito pela democracia, enquanto se protege os valores fundamentais da nação.