Os fatos e os números

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Nanicos tendem a renunciar para ficar com quem está em primeiro lugar nas pesquisas

Não se preocupem com algumas variações nas pesquisas: um pouco mais, um pouco menos, não têm tido mudanças importantes desde que Lula levou vantagem sobre Bolsonaro. A mudança importante é só uma, indicada por um só instituto, o DataFolha, que indica a possibilidade real de Lula vencer no primeiro turno. Os números podem variar um pouco, mas a importância é que, com a possibilidade de vitória no primeiro turno, candidatos nanicos se sintam inclinados a apoiar Lula. Um ponto percentual, dois pontos, isso é suficiente para que uma votação que chegue perto dos 50% dos votos válidos se transforme num número que dê a vitória direta ao candidato favorito.

Os números do DataFolha indicam que, mesmo com a imprecisão prevista em dois pontos percentuais, Lula vence no primeiro turno. Certeza? Aí não se sabe; mas, com o apoio de candidatos como Janone e Luciano Bivar, cada um com sua caixinha de votos, a vitória no primeiro turno fica mais próxima.

Há institutos que calculam números quase iguais, eleição empatada entre Lula e Bolsonaro. Pode ser? Pode, tudo pode acontecer. Mas este colunista se lembra de uma campanha em que, de repente, aparece uma pesquisa no comitê em que o candidato colocado em quarto lugar aparece em primeiro. A pesquisa era de um jornal pequeno, feita numa só cidade do Interior. Nem os mais ferrenhos seguidores do candidato acreditaram nela. Ainda bem: a pesquisa errada serve apenas para orientar mal uma campanha.

Novos aliados

Luciano Bivar com Lula? Por que não? As chances de Bivar de disputar a Presidência são minúsculas. E para ele é bom ter um cargo eletivo, onde possa tomar conta do partido e de seus cofres. Ciro é mais difícil, tem mais votos, mas é mais decisivo também. E andou brigando com os irmãos. Diz que se perder essa eleição não concorre mais. Essa abriga talvez facilite sua caminhada para outra chapa. Não seria a primeira vez: logo depois de Lula ser eleito, em 2003, deixou até a barba crescer para ficar mais palatável. E foi ministro de Lula. Por que não? E que é que Lula poderia oferecer-lhe em troca de seus nove pontos percentuais?

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