Para conter golpismo de Bolsonaro, desfile de 7 de setembro não será realizado nas ruas do Rio

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O prefeito chegou a anunciar que o desfile militar seria realizado na Presidente Vargas, contrariando o interesse o presidente Jair Bolsonaro (PL)

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), informou que o desfile cívico de 7 de setembro deste ano não será realizado na Avenida Presidente Vargas, como de costume, e nem na Avenida Atlântica, em Copacabana, como chegou a ser aventado. De acordo com o prefeito, ao invés do tradicional cortejo em terra, serão realizadas apresentações da Marinha e da Aeronáutica no mar e no espaço aéreo de Copacabana, sem qualquer tipo de interferência nas pistas da Avenida Atlântica. As informações são do jornal O Globo.

Fontes ligadas ao Exército e à Prefeitura informam que um desfile das Forças Armadas deve ser realizado no dia 6, na Vila Militar, com acesso restrito. Paes pontuou que o aviso de suspensão do cortejo do dia 7 foi feito pelas Forças Armadas. De acordo com ele, não haverá a instalação de palcos ou arquibancadas em terra para a realização das atividades da Marinha e Aeronáutica.

Divergência com Bolsonaro

Anteriormente, o prefeito chegou a anunciar que o desfile militar seria realizado na Presidente Vargas, contrariando o interesse o presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que havia pedido para trocar o local do evento com militares para a Praia de Copacabana, um dos redutos bolsonaristas da cidade. O anúncio surpreendeu o Exército ao propor a mudança para o desfile. A Prefeitura, no entanto, é quem organiza a realização da parada militar.

Por isso, Paes se colocou à disposição para alterar o lugar do evento, mas alertou que a logística para a mudança seria “bastante complexa”.

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