O presidente do Peru, Pedro Castillo, alerta que a direita está tramando um golpe contra ele em meio à crise política pela qual passa seu mandato
Por meio de um comunicado divulgado nesta terça-feira em sua conta no Twitter, o presidente peruano negou as acusações “falsas” sobre a interferência de sua equipe de confiança nas decisões presidenciais e afirmou que as decisões dos ministros são respeitadas em seu governo.
“Além disso, repudio as tentativas de golpe que estão sendo orquestradas com mais força esta semana”, disse Castillo, enfatizando que seguirá com firmeza até o final de seu mandato, em 28 de julho de 2026.
Da mesma forma, ele recomendou aos grupos de oposição que, em vez de promover um impeachment presidencial, lutem pela unidade e governabilidade, se realmente estão preocupados com o Peru.
Os opositores acusam Castillo de ter um “gabinete sombra”, composto por sua equipe e assessores de confiança, para o qual exigem a renúncia do presidente, alegando suposta incapacidade moral ou falta de preparo para liderar o país.
Castillo foi forçado a trocar seu primeiro-ministro, Héctor Valer, e os demais membros do gabinete diante das duras críticas de setores políticos e cidadãos, depois que se descobriu que Valer respondia por crimes de violência familiar e corrupção.
Desde que assumiu a presidência em julho de 2021, o presidente trocou mais de uma dezena de funcionários devido a reclamações e questionamentos, tanto da oposição quanto do partido no poder.
Desde a posse de Castillo, professor primário, os partidos de direita do país andino tentaram preparar as condições para depô-lo, acusando-o de ter mantido contatos secretos com empresários para favorecê-los ilegalmente. Castillo rejeitou tais acusações e as considera tentativas de manchar sua honra e reputação.