Pesquisa Ipespe aponta Lula tem 44%, e Bolsonaro, 35%

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Ex-presidente esbanja nove pontos de vantagem em levantamento que chegou a ter divulgação suspensa em meio a pressão política

Depois de um mês e meio de impasse na divulgação de sua pesquisa eleitoral nacional encomendada pela XP Investimentos, o instituto Ipespe voltou a divulgar sua sondagem de intenção de voto para presidente. De acordo com o novo levantamento, publicado nesta segunda-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida com 44%, frente aos 35% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em junho, Lula vencia por 45% a 34% — portanto, o cenário segue estável.

No cenário de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 53% a 36%. É a quarta pesquisa XP/Ipespe seguida que o ex-presidente fica nos 53% no segundo turno, enquanto Bolsonaro oscila positivamente em ritmo lento.

No mais novo levantamento, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) se mantém com 9% no cenário estimulado de primeiro turno, assim como na pesquisa de junho (a última a ter sido divulgada). Já a senadora Simone Tebet (MDB) oscila de 3% para 4%.

Na última sondagem tornada pública, divulgada no início de junho, Lula tinha 45% das intenções de voto no primeiro turno, frente a 34% de Bolsonaro, 9% de Ciro e 3% de Tebet. Em um eventual segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 53% a 35% em junho.

Sobre rejeição, o cenário também se mantém estável em relação às pesquisas anteriores: com reprovação alta, Bolsonaro recua na margem de erro para 58% de pessoas que não votariam nele (59% em junho). No caso de Lula, seguem os 43%.Ciro Gomes segue com rejeição estável em 40%, e Simone Tebet vê sua reprovação subir de 31% para 35%.

A pesquisa Ipespe fez 2.000 entrevistas telefônicas a nível nacional entre os dias 20 e 22 de julho, com um intervalo de confiança de 95,5% e uma margem de erro estimada de 2,2 pontos percentuais. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-08220/2022.

Pressão bolsonarista na cúpula da XP levou a cancelamento de divulgação em junho

A volta do Ipespe ao circuito de divulgação das pesquisas a nível nacional ocorre após o cancelamento às pressas, em junho, da divulgação de um levantamento por parte da corretora de investimentos. O Ipespe também teve sua periodicidade alterada de semanal para mensal.

O cancelamento às pressas gerou controvérsia, uma vez que ocorreu na esteira de outros casos de pressão de setores bolsonaristas dentro da cúpula da XP — inconformados com o bom desempenho de Lula.

 

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