Sua empresa, a Rocket Lab, é especializada em lançamentos espaciais de baixo custo e ganhou mercado a partir do contrato de uma empresa espacial com propósito específico em agosto de 2021, adquirindo um contrato de 777 milhões de dólares
No ensino médio, um professor disse a Beck que uma carreira de construtor de foguetes era “absurdamente inatingível”. Mas o neozelandês demorou pouco tempo até realizar seu sonho de adolescente. Por mais de uma década, ele trabalhou em projetos de naves espaciais apenas quando não estava ocupado com seu trabalho de engenharia de supercomputadores, turbinas eólicas e outros produtos – trabalho que conseguiu apesar de não ter educação universitária formal.
Agora, enviar cargas úteis ao espaço é apenas mais um dia de trabalho. Beck fundou a Rocket Lab em 2006, e a empresa se tornou a opção preferida para colocar pequenos satélites em órbita. Seu veículo Electron foi projetado para ser barato e confiável, incorporando inovações como motores impressos em 3D. Até agora, foi lançado 21 vezes com sucesso, o segundo maior número para qualquer veículo espacial privado depois do Falcon 9 da SpaceX, com 125.
Um foguete maior está em desenvolvimento, o Neutron, que levará cargas maiores, inclusive para a NASA, que contratou a Rocket Lab para, entre outras coisas, levar uma sonda para Marte com lançamento previsto para 2024. O novo foguete, mais poderoso, colocará Beck em concorrência direta com a empresa de Elon Musk, pelo menos em algumas missões. Mas há uma diferença fundamental: ao contrário da SpaceX, cujas ações permanecem restritas, os investidores comuns agora podem apostar na visão de Beck. Desde a oferta pública inicial da Rocket Lab, as ações subiram 56%.
