As restrições do Ibama colocam em risco os planos da Petrobras para a nova fronteira do petróleo no Brasil
247 – A gigante do petróleo, Petrobras, enfrenta obstáculos em seu projeto de exploração de petróleo na bacia de Foz do Amazonas. A empresa tem mobilizado recursos significativos, gastando entre R$ 3 e R$ 4 milhões por dia na fase de testes exploratórios. Esses custos, somados à manutenção da sonda ancorada na região desde dezembro passado, representam um adicional de cerca de R$ 450 a R$ 600 milhões nos últimos cinco meses, segundo informa a jornalista Irany Tereza, do Broadcast, serviço de notícias do Estadão.
No entanto, o projeto tem sido confrontado com questões políticas e ambientais. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) rejeitou a licença de perfuração do primeiro poço exploratório, contrariando a recomendação do diretor substituto de Licenciamento, Regis Pinto, que sugeriu avaliar o plano de proteção à fauna apresentado pela Petrobras. A decisão do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, baseou-se em um parecer técnico do órgão que, em 22 páginas, ressaltava normas ambientais mais rígidas para a região.
As restrições à exploração de petróleo na Bacia de Foz do Amazonas colocam em risco os planos da Petrobras para a margem equatorial, a nova fronteira do petróleo no Brasil. A região é destinatária de metade dos US$ 6 bilhões em investimentos exploratórios previstos pela Petrobras de 2023 a 2027.