Com a decisão tomada na gestão de Jean Paul Prates, as construtoras brasileiras voltarão a atuar no setor de óleo e gás
247 – Após um longo período afastadas devido às repercussões da Operação Lava-Jato, as construtoras brasileiras estão sendo novamente aceitas como fornecedoras pela Petrobrás, em uma decisão que traz excelentes perspectivas para a economia do país. A Petrobrás divulgou recentemente a lista de empresas pré-qualificadas para participar das próximas obras e nomes como Odebrecht, Andrade Gutierrez e UTC foram incluídos, demonstrando a abertura da empresa estatal para dar uma nova oportunidade às empreiteiras nacionais.
Essa mudança de postura, noticiada pela jornalista Mariana Barbosa, do Globo, é considerada uma excelente notícia para a economia brasileira, uma vez que possibilita a retomada de investimentos e a geração de empregos no setor de construção civil. As construtoras mencionadas estão habilitadas para médios e grandes projetos, mostrando que estão novamente competitivas e prontas para contribuir com o desenvolvimento do país. Além disso, a OEC (Odebrecht Engenharia e Construção), com suas subsidiárias OECI e Tenenge, é o único grupo de capital nacional 100% pré-qualificado para megaprojetos, destacando a capacidade das empresas brasileiras de enfrentar grandes desafios.
Vale ressaltar que a decisão da Petrobrás não significa uma anistia às irregularidades cometidas no passado, mas sim uma oportunidade de reestruturação e recuperação para essas empresas, que têm se esforçado para superar as dificuldades enfrentadas nos últimos anos. A Andrade Gutierrez, por exemplo, conseguiu renegociar uma dívida internacional de R$ 2,3 bilhões e apresenta uma carteira de obras promissora, estimada em R$ 10,1 bilhões para os próximos anos. Da mesma forma, a OEC mostra sinais de recuperação, encerrando o ano de 2022 com uma receita de R$ 4,6 bilhões, um crescimento de 68%, e um lucro bruto de R$ 822 milhões. A carteira de projetos também registrou um aumento significativo, chegando a R$ 16,6 bilhões, divididos entre clientes públicos e privados no Brasil e em outros países, como Estados Unidos, Angola, Peru e Panamá.
Durante o governo golpista de Michel Temer e o de Jair Bolsonaro, a Petrobrás deu preferência a empresas estrangeiras, o que nem sempre trouxe resultados positivos. Um exemplo disso foi o rompimento do acordo com o consórcio chinês Kerui-Método, em junho do ano passado, devido a atrasos sucessivos na construção do Polo GasLub (antigo Comperj), no valor de R$ 2 bilhões. As obras foram retomadas em abril deste ano, em um novo contrato com a empresa brasileira Toyo Setal.
A permissão para que as construtoras brasileiras retornem como fornecedoras da Petrobrás é um sinal de confiança na capacidade de recuperação dessas empresas e de seu comprometimento com práticas éticas e transparentes. Essa medida impulsiona não apenas o setor de construção civil, mas também a economia do país como um todo, promovendo a geração de empregos, o aumento dos investimentos e o fortalecimento das empresas nacionais.