Petrodólar em perigo: China fecha seu primeiro acordo de gás em yuan

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O petroyuan substituirá o petrodólar

A China deu mais um passo para desdolarizar sua economia ao assinar um acordo de fornecimento de gás com os Emirados Árabes Unidos (EAU) em yuan, o que representa uma ameaça ao petrodólar.

Em meio à crescente aceitação do yuan no mercado internacional, a Bolsa de Petróleo e Gás Natural de Xangai (SHPGX) anunciou no final de março que a National Offshore Oil and Gas Company fechou um acordo para importar 65.000 toneladas de gás natural liquefeito (GNL) dos Emirados Árabes Unidos.

O jornal oficial chinês  Global Times (GT), afirma que o presidente da SHPGX, Guo Xu, declarou que este acordo, marca a primeira transação internacional de GNL liquidada em yuan, é uma “tentativa significativa de promover o multilateralismo no setor petrolífero”.

“Também proporciona aos players internacionais um novo canal de participação no mercado chinês, contribuindo para a criação de um novo modelo de dupla circulação na China”, afirmou a propósito.

Golpe duro no petrodólar

O petrodólar sofre um bombardeio constante que busca enfraquecê-lo. Nos últimos anos, a China enfatizou a liquidação de transações de petróleo e gás em yuan, em uma tentativa de estabelecer sua moeda internacionalmente e enfraquecer o domínio do dólar no comércio mundial.

Segundo especialistas, a referida transação sinalizaria o fim do uso do dólar americano em todo o mundo para as trocas de energia.

Segundo o analista americano do Credit Suisse Zoltan Pozsar, Rússia, Irã e Venezuela, que são considerados aliados da China, somam 40% das reservas provadas de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) e do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), outros 40%.

Nesse contexto, o analista destaca que, se apenas esses três estados liqüidarem suas exportações de energia em yuan, o petroyuan substituirá o petrodólar.

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