PF apreende bolsa com dinheiro em operação contra delegado federal que foi candidato a prefeito de Belém

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Everaldo Eguchi (Patriota) tinha apoio do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2020 e foi afastado do cargo. Operação investiga vazamento de informações de dentro do órgão. Quantidade de dinheiro não foi informada.

O ex-candidato à prefeitura de Belém em 2020, delegado federal Everaldo Eguchi (Patriota), é um dos alvos da “Operação Mapinguari”, da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta (14). Ele foi afastado do cargo, por determinação da Justiça Federal. Segundo a PF, a ação investiga o vazamento de informações de dentro do órgão e cumpriu mandados de busca e apreensão em Belém, Marabá, Parauapebas e Goianésia do Pará.

PF apreende dinheiro em operação que investiga suposto vazamento de informações no PA. — Foto: Reprodução / PF

Uma quantia em dinheiro foi apreendida na casa do delegado, mas o montante não foi informado pela PF. Havia notas de euro, dólar e real.

Em nota, o delegado negou envolvimento no caso e disse que “fará no momento oportuno os esclarecimentos com transparência e honestidade”.

Delegado Federal Eguchi é o candidato do Patriota para a Prefeitura de Belém. — Foto: Elivaldo Pamplona/O Liberal
Delegado Federal Eguchi é o candidato do Patriota para a Prefeitura de Belém. — Foto: Elivaldo Pamplona/O Liberal

De acordo com a PF, o vazamento de informações teria sido realizado pelo delegado, que foi identificado e afastado das funções. Além dele, a operação também teve como alvo seis empresários ligados à exploração ilegal de manganês do sudeste do Pará. Eles tiveram acesso indevido às informações vazadas, segundo as investigações.

Estão sendo investigados crimes de violação de sigilo funcional, corrupção passiva e ativa, e associação criminosa, com penas previstas superiores a 20 anos de reclusão.

Segundo a Polícia Federal, a investigação do vazamento de informações iniciou em 2018 e trata da violação de sigilo funcional ocorrida durante a operação “Migrador”, em Marabá. Ainda segundo a PF, na época o vazamento trouxe prejuízo para investigação porque os investigados tiveram conhecimento antecipado da ação policial e conseguiram fugir.

O Ministério Público Federal se manifestou favorável ao afastamento do delegado Eguchi e que “considera graves os fatos relatados pela PF, que indicam que o investigado tem se valido de sua função na PF para alcançar fins ilícitos e ilegítimos, havendo ele se apropriado, de maneira pouco republicana, do aparelho estatal para privilegiar interesses próprios”. O afastamento, segundo o MPF, é necessário para evitar interferências nas investigações.

Operação Mapinguari, em Belém — Foto: Ascom/PF
Operação Mapinguari, em Belém — Foto: Ascom/PF

Eguchi foi o segundo colocado nas últimas eleições municipais, em Belém. Ele tinha apoio do presidente Jair Bolsonaro, chegou até o segundo turno, mas perdeu com 48,24% dos votos (364.003) para o candidato do PSOL, Edmilson Rodrigues. O candidato derrotado chegou ao segundo turno após alcançar 23,06% (167.599) no 1º turno das eleições.

Vazamanto de informação era cometido por um funcionário dentro da PF — Foto: Reprodução/Polícia Federal do Pará
Vazamanto de informação era cometido por um funcionário dentro da PF — Foto: Reprodução/Polícia Federal do Pará

G1 – Pará

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