PF faz operação contra governador e tenta prender secretário de Saúde do AM

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Operação investiga supostos crimes de organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos envolvendo empresários e cúpula da saúde do estado

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (2), a quarta fase da Operação Sangria para investigar supostas fraudes e superfaturamento em contrato para instalação do hospital de campanha no Amazonas. A ofensiva supostos crimes de organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos envolvendo empresários e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado. Agentes fazem buscas na casa e no gabinete do governador Wilson Lima e tentar executar uma ordem de prisão contra o secretário de Saúde, Marcellus Campelo.

Ao todo, agentes cumprem seis mandados de prisão temporária e vasculham 19 endereços em Manaus (AM) e em Porto Alegre (RS). As ordens foram expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça, que determinou ainda o sequestro de bens e valores dos investigados.

Durante o cumprimento de uma das ordens de prisão, contra o empresário Nilton Costa Lins Júnior, a PF foi recebida a tiros. Ninguém ficou ferido. O caso foi comentado pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, durante a sessão da corte Especial do STJ realizada nesta manhã para analisar uma das duas denúncias apresentadas contra Wilson Lima por irregularidades na compra de respiradores para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus. Lindôra disse que a situação foi ‘bastante constrangedora’, ‘perigosa’ e suis ‘generis’.

De acordo com as investigações, ‘há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, de um hospital de campanha’.

“Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados”, indicou ainda a PF em nota.

Quarta fase da Operação Sangria. Foto: Polícia Federal

Quarta fase da Operação Sangria. Foto: Polícia Federal

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