PGR pede abertura de inquérito no STF contra Ricardo Salles por corrupção no meio ambiente

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Ministro do Meio Ambiente é acusado pelo delegado Alexandre Saraiva de obstruir a maior investigação ambiental da Polícia Federal em favor de quadrilhas de madeireiros

A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira, 31, um pedido de abertura de inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

O pedido, assinado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, teve origem da notícia-crime apresentada pelo delegado Alexandre Saraiva, ex-chefe da Polícia Federal no Amazonas, que foi exonerado do cargo após acusar Salles de obstruir a maior investigação ambiental em favor de quadrilhas de madeireiros.

“Indicaram-se, naqueles autos, diversos episódios de atuação desses servidores em descompasso com as recomendações técnicas, com o objetivo de promover a regularização de cargas exportadas irregularmente e apreendidas pelas autoridades norte-americanas. Tal cenário evidencia, de forma ampla, a necessidade de aprofundamento investigativo dos fatos”, diz um trecho da manifestação.

A relatora do caso é a ministra Cármen Lúcia. Foi ela quem pediu, há pouco mais de um mês, para a PGR avaliar se havia indícios suficientes de crime que justificassem a abertura do inquérito. Na ocasião, a ministra apontou ‘gravidade incontestável’ nas acusações contra Salles.

No requerimento enviado ao Supremo, a PGR pediu autorização para convocar depoimentos do ministro, de proprietários rurais e de agentes de fiscalização do Ibama e da Polícia Federal relacionados à Operação Handroanthus GLO, que mirou extração ilegal de madeira na Amazônia no final do ano passado. Também quer sinal verde para acessar a cópia dos procedimentos de fiscalização e investigação que ensejaram a operação.

Segundo o delegado Alexandre Saraiva, o ministro do Meio Ambiente ‘patrocina diretamente interesses privados’ de madeireiras e integra uma organização criminosa na condição de ‘braço forte do Estado’. O MPF quer investigar se Salles cometeu advocacia administrativa, dificultou fiscalizações ambientais e embaraçou a investigação de infrações penais envolvendo organização criminosa.

O ministro já é alvo de um inquérito no Supremo, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, que apura a suspeita de favorecimento de empresas na exportação ilegal de madeira. No último dia 19, ele chegou a ser alvo de buscas na Operação Akuanduba.

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