Mensagens encontradas pela Polícia Federal sugerem que houve “atos preparatórios” para dar um “tiro à distância” no presidente Lula durante a posse presidencial em Brasília no dia 1º de janeiro
A Justiça brasileira garante que houve planos para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva com um tiro à distância durante sua posse em 1º de janeiro.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, em entrevista ao Estadão na última sexta-feira, revelou que mensagens encontradas pela Polícia Federal sugerem que houve “atos preparatórios” para dar um “tiro à distância” no presidente Lula durante a posse presidencial em Brasília no dia 1º de janeiro.
Segundo informações do ministro, um homem preso em dezembro por instalar uma bomba em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília “estava fazendo treinamento e recebendo instruções sobre como disparar um fuzil à distância”.
Flávio Dino disse que o presidente brasileiro está enfrentando uma ameaça real, explicou que as mensagens encontradas continham um diálogo de uma pessoa perguntando sobre o melhor fuzil e a melhor mira para determinados metros de distância.
No dia da cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a polícia prendeu um homem com uma faca e um artefato explosivo que tentava entrar no evento. Isso ocorreu apenas uma semana após a prisão de George Washington de Oliveira Sousa, bolsonarista que confessou ter planejado um atentado a bomba em Brasília para causar caos antes da posse do líder do Partido dos Trabalhadores (PT).
De fato, as medidas de segurança foram reforçadas na cidade por temores de um ataque ao novo presidente por partidários de seu antecessor, Jair Bolsonaro, que não aceitou o resultado das eleições.
A violência atingiu seu clímax no Brasil no dia 8 de janeiro, quando milhares de apoiadores de Bolsonaro realizaram um ataque terrorista à Praça dos Três Poderes, local de Brasília onde ficam o palácio do governo, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Os bolsonaristas invadiram os três prédios, atacaram policiais e causaram grandes danos patrimoniais.
Lula, de 77 anos, venceu as eleições de outubro de 2022 com 50,9% contra 49,1%, do derrotado extremista Jair Bolsonaro.