Os protesto são contra as políticas neoliberais de Guillermo Lasso, que não tiveram resultado senão o aprofundamento da pobreza e o aumento dos preços no país, a exemplo do Brasil
A polícia atacou novamente uma manifestação de indígenas, liderada por mulheres e estudantes, em Quito, capital do Equador nesta quinta-feira.
No décimo primeiro dia da greve nacional no Equador, policiais reprimiram integrantes de movimentos indígenas que se manifestavam perto da sede da Assembleia Nacional (Parlamento), onde está marcada uma sessão para tratar da situação atual do país e questões relacionadas ao desemprego .
Conforme denunciado pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), organizadora dos protestos, durante a “marcha pacífica” liderada por “mulheres e estudantes”, várias pessoas foram atingidas pelo gás lacrimogêneo, lançado pela polícia.
Da mesma forma, segundo o jornal El Universo, milhares de manifestantes tentaram entrar no prédio parlamentar, cujo entorno era fortemente militarizado.
Por sua vez, o líder da Conaie, Leônidas Iza, disse que a ação da polícia local representa um “mau sinal” para uma aproximação entre o Executivo e os diversos movimentos indígenas no Equador. Ele alertou que “se as demandas não forem atendidas, rios de pessoas continuarão chegando à capital”.
Por que os protestos estão acontecendo?
A mobilização indígena convocada pela Conaie e que rapidamente se espalhou para outros setores, incluindo professores e taxistas, continua por tempo indeterminado, em protesto contra as políticas neoliberais de Guillermo Lasso, que não tiveram resultado senão o aprofundamento da pobreza e o aumento dos preços no país.
Até agora, houve quatro mortes, pelo menos quatro desaparecidos, 92 feridos e 94 detenções.