Pós-verdade: a outra guerra, permanente e mundial que se intensificou

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Durante o conflito na Ucrânia se intensifica uma guerra mundial em pleno andamento, a guerra da informação

De um lado há um grupo, que pretende resguardar sua hegemonia no que tange à interpretação dos vários acontecimentos no mundo a partir de sua estratégia de atuação geopolítica. Dirigido pela atitude imperialista dos EUA, este grupo se intitula o próprio “ocidente”, colocando-nos todos do seu lado, mesmo que não concordemos, e reproduzindo uma suposta disputa entre oriente e ocidente.

Essa guerra, assim como a da Ucrânia, ocorre entre dois lados muito desiguais em termos de poderio bélico. Pois, do lado contrário aos EUA, temos praticamente só a Rússia. Claro que há aliados russos que se mostram reticentes em aceitar toda a imediata condenação às ações de Putin, mas não necessariamente se conformam em um campo com uma narrativa unificada como do lado do tal “ociedente”. A China mesmo, busca não reproduzir o discurso dos EUA e de Zelenski, atribuindo indiretamente certa razão às ações russas. Mas para por aí.

Um fato intrigante não teve repercussão como notícia pelas nossas ainda coloniais terras brasileiras. O assassinato de negociador da Ucrânia, por suspeita de traição. Por que será?

Contudo, além deste fato há diversos outros envoltos em nebulosidades.

Por exemplo, o serviço secreto da Ucrânia, como fez em outros casos esparsamente relatados, teria assassinado aquele negociado ucraniano, por que ele seria um suposto agente duplo. Parece que não é uma prática incomum deste “serviço secreto”. Então, é ou não verdade?

Há notícias de proibição de difusão de meios russos por meios “ocidentais”, que há anos fazem análises internacionais, consideradas de alta credibilidade. Verdade ou não? Um indício, é a conduta do Facebook de proibir mensagens de ódio de forma seletiva, pois, aquelas que pedem o assassinato de Putin são permitidos, outro indício, é a forma preconceituosa já difundida em vídeos, sobre como tratam outros conflitos frente a este. Dizem os europeus que os ucranianos não têm caras de árabes, “são gente como a gente”.

Por outro lado, mercenários ucranianos, são chamados pelos meios, europeus principalmente, de combatentes estrangeiros!

O próprio conflito, desde 2014, na região de Dombass é tratado como inexistente. Mas ele existe e isso é fato!

O regimento Azov, nazista, é tido como uma força de reserva das forças ucranianas e recebem armamentos da União Europeia, por aqui ninguem fala disso!

Assim como os bolsonaristas no Brasil, Zelenski homenageia um dos responsáveis pelo incêndio que assassinou queimados mais de 40 sindicalistas em Odessa em 2014. Desde aquele período já se digladiavam russos e ucranianos na região de Dombass. Pouco ou nada aparece na mídia.

Outra questão já denunciada na internet é a utilização de imagens de ataques ucranianos a cidades da região de Dombass, pelos ucranianos, como se fossem ataques russos contra as forças de Kiev. Isso parece ser verdade.

Frente a tudo isso, ouço no “GregNews” que neste momento se abandonou o “soft power” em troca do “hard power”. Discordo frontalmente. Nunca foi tão utilizado o “soft power”. As diversas polêmicas acima demonstram isso. Na realidade o poder suave da disputa de hegemonia a partir da disputa das narrativas nunca deixa de existir frente a explosão de um conflito físico, pelo contrário se intensifica.

VOZ DO PARÁ: Essencial todo dia!

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