Preços do minério de ferro caem na Ásia em meio à Covid-19,

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Crescem temores de enfraquecimento da demanda pela matéria na China

Os preços de referência do minério de ferro na Ásia caíram nesta segunda-feira (11) devido a crescentes temores de enfraquecimento da demanda pela matéria-prima na China, maior produtora mundial de aço, onde várias cidades estão aplicando novas restrições contra a covid-19.

O contrato de minério de ferro mais negociado, para entrega em setembro, na Dalian Commodity Exchange da China, encerrou as negociações com queda de 3,3%, a 741 iuanes (US$ 110,37) a tonelada, depois de atingir mais cedo 722 iuanes, seu menor nível desde 6 de julho.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato para o próximo mês do ingrediente siderúrgico caiu 4,8%, para US$ 107,45 a tonelada.

“As manchetes implacavelmente negativas sobre a covid em Gansu, Guangdong, Henan, Macau, Xangai e Zhejiang no fim de semana vão jogar um balde de água fria sobre o sentimento a partir de segunda-feira”, disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities em Cingapura.

Os governos locais na China, que mantêm uma política dinâmica de zero covid, estão adotando novas restrições – de paralisações de negócios a lockdowns – para conter novas infecções, com o centro comercial de Xangai se preparando para outra testagem em massa.

O aumento dos embarques de minério de ferro para a China a partir dos principais fornecedores, Austrália e Brasil, também contribui para o clima negativo, disse o diretor.

Isso pode aumentar os estoques de material importado no porto, que subiram pela segunda semana consecutiva, para 128,3 milhões de toneladas em 8 de julho, com base em dados da consultoria SteelHome.

Enquanto isso, a demanda por minério de ferro deve permanecer fraca, já que as siderúrgicas chinesas reduzem a produção enquanto sofrem perdas devido aos altos estoques e aos pedidos mais lentos de aço.

Ações da China têm maior queda em sete semanas por casos de covid

As ações da China registraram, nesta segunda-feira (11), a maior queda em sete semanas, enquanto as ações de Hong Kong sofreram o maior declínio em um mês, por conta do aumento nos casos domésticos de covid-19. Preocupações com o fim do afrouxamento monetário também pesaram.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 1,67%, enquanto o índice de Xangai teve perda de 1,27%. O índice de Hong Kong Hang Seng caiu 2,77%.

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Muitas cidades chinesas estão adotando novas medidas de restrição para controlar novas infecções, com Xangai se preparando para outra campanha de testes em massa após a detecção da subvariante BA.5 Ômicron.

O banco central da China injetou um mínimo de 3 bilhões de iuanes (US$ 447,41 milhões) através de operações de mercado aberto pelo sexto dia consecutivo desde a semana passada, levantando a suspeita do mercado de que as autoridades estão deixando gradualmente a flexibilização monetária adotada durante os lockdowns contra a covid-19.

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