Informação foi dada pelo presidente da farmacêutica União Química, Fernando de Castro Marques, após a autorização de importação do imunizante russo ter sido recomendada, com restrições, pela Anvisa
O presidente da farmacêutica União Química, Fernando de Castro Marques, afirmou neste domingo (6) que as primeiras doses da vacina Sputnik V, que teve a importação autorizada com restrições pela Anvisa, devem ser enviadas para o Brasil em até dez dias.
Em entrevista à CNN Brasil, Marques informou que a primeira remessa deve ter cerca de 900 mil doses do imunizante russo, que poderão ter como origem a União Química ou o Instituto Gamaleya, da Rússia. “Uma vez que houve a liberação da Anvisa, acredito que em cinco ou dez dias as vacinas deverão ser embarcadas para o Brasil”, afirmou.
Segundo Marques, a produção está em andamento, em Guarulhos, com IFA recebido da Rússia. “Em julho, vamos produzir IFA em quantidade relevante pra poder verticalizar a produção no Brasil”, disse.
O presidente da farmacêutica disse ainda que as fábricas da Rússia foram inspecionadas pela Anvisa e que estão sendo providenciados os documentos necessários para a obtenção do registro definitivo da vacina. “Estamos em contato com o fundo soberano russo e o Instituto Gamaleya para resolver todas essas etapas regulatórias, atendendo a todas as exigências da Anvisa para poder ter de forma definitiva o registro da Sputnik”, afirmou.
A vacina russa Sputnik V, que já foi comprovada como sendo altamente eficaz contra a variante brasileira, teve a importação solicitada pelos estados da Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí. Em abril, a Anvisa negou o pedido por faltarem dados de eficácia, segurança e qualidade do imunizante, mas os governos recorreram da decisão.
Após a liberação do órgão, o quantitativo autorizado foi de no máximo 1% para o público-alvo, e o mesmo vale para o imunizante indiano Covaxin. Dessa forma, a Bahia pode importar o maior volume, que corresponde a 300 mil doses, seguida por Pernambuco (192 mil), Ceará (183 mil), Maranhão (141 mil), Piauí (66 mil) e Sergipe (46 mil).
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