O jornalista Reinaldo Azevedo destaca que o voto impresso teve apoio de 62,5% da bancada tucana na Câmara
Em sua coluna publicada no portal Uol, o jornalista Reinaldo Azevedo destaca que “nada menos de 20 dos 32 deputados tucanos evitaram dizer ‘não’ a Jair Bolsonaro na votação da PEC do Voto Impresso. Houve uma abstenção, cinco ausências e 15 votos ‘sim’. “Estamos falando de 62,5% da bancada. E isso se dá num dia em que, simbolicamente, Brasília foi ocupada por tropas”, reforça o colunista. “Um vexame histórico”.
De acordo com o jornalista, é possível que o placar da votação entre tucanos seja consequência de um possível braço de ferro entre Aécio e João Doria, governador de São Paulo e postulante à vaga de candidato do partido à Presidência.
“Se uma tentativa interna de resposta a Doria é dizer ‘sim’ ao voto impresso ou se ausentar do embate no dia em que tanques desfilaram em Brasília, não estamos falando apenas de políticos que perderam o eixo: perderam também o sentido de história. Há gente pronta aí para integrar a base bolsonarista num eventual segundo mandato”, continua.
“Doria, note-se, posicionou-se contra o voto impresso: assim fizeram 12 deputados do PSDB. O resultado indica a batalha que o governador de São Paulo tem pela frente. Mas aponta também uma sigla que deixou seu umbigo se confundir com os destinos na nação”, acrescenta.
Todos os brasileiros sabem que a dedução de Reinaldo Azevedo sobre o PSDB é tardia. Pois há muito tempo, os tucanos não tem projetos nem mesmo para o próprio partido, cuja agenda se confunde com autosabotagem, além de se mostrar extremamente nociva aos interesses dos cidadãos deste país.