O presidente russo destaca o poder destrutivo da nova arma hipersônica, capaz de atingir alvos fortemente protegidos e causar danos semelhantes a uma explosão nuclear
O poder de destruição do míssil Oreshnik
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez uma declaração ousada nesta quinta-feira sobre o novo míssil hipersônico russo Oreshnik, comparando seu poder de impacto a um meteoro. Durante uma cúpula da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) na capital do Cazaquistão, Astana, Putin afirmou que o Oreshnik possui uma capacidade de penetração extremamente poderosa, capaz de destruir alvos fortemente protegidos, semelhante aos efeitos de um meteoro caindo na Terra.
“O impacto deste míssil é como o de um meteoro em queda. Sabemos da história onde meteoros caíram e quais foram as consequências. Que lagos foram formados”, declarou Putin, sugerindo que a devastação causada pelo Oreshnik é comparável a catástrofes naturais de grande magnitude. Ele não detalhou mais, mas a comparação remete a enormes crateras causadas por impactos meteoros, como o Lago Manicouagan no Canadá, uma das maiores do mundo, com um diâmetro de cerca de 100 km.
O Oreshnik: uma arma hipersônica sem igual
De acordo com Putin, o Oreshnik já está em produção em massa na Rússia, com dezenas de ogivas guiadas capazes de atingir alvos enquanto viajam a uma velocidade dez vezes superior à do som. O presidente russo destacou que um ataque massivo com esses mísseis seria comparável a uma explosão nuclear, afirmando que qualquer coisa localizada no centro do impacto seria destruída até se tornar partículas elementares, reduzida a pó.
O sistema Oreshnik é descrito como tendo capacidades únicas no mundo. Putin declarou com confiança que a arma não tem concorrentes à vista, afirmando que a Rússia produz mais desses mísseis do que o bloco da OTAN, ressaltando a superioridade das armas russas em comparação com as ocidentais.
Ameaça direta à Ucrânia
Putin alertou que o Oreshnik poderia ser usado em retaliação aos ataques da Ucrânia contra a Rússia, especialmente após os últimos bombardeios ucranianos nas regiões de Bryansk e Kursk, com o uso de mísseis de longo alcance fornecidos por aliados ocidentais, como os ATACMS americanos e os Storm Shadow/SCALP britânicos e franceses. A utilização do Oreshnik contra a Ucrânia foi mencionada como uma resposta direta aos ataques ucranianos e à “agressão dos membros da OTAN” que apoiam Kiev.
A Rússia também está identificando possíveis alvos para futuros ataques com o Oreshnik, incluindo centros de decisão ucranianos, bem como instalações militares e industriais. Putin destacou que a Rússia já havia utilizado o sistema Oreshnik em um teste de combate para atacar uma grande fábrica de armas na cidade ucraniana de Dnipro (anteriormente chamada Dneproterovsk), como parte de sua estratégia de retaliar os ataques ucranianos.
A escalada do conflito e a superioridade militar russa
Em meio à crescente escalada do conflito, Putin reafirmou a superioridade das armas russas e sua capacidade de defesa, comparando-as de forma favorável com as armas ocidentais. Ele também criticou as ações de países membros da OTAN, sugerindo que o Ocidente está intensificando o conflito, fornecendo armas de longo alcance para a Ucrânia e, ao mesmo tempo, ignorando os efeitos devastadores dessas ações sobre o povo ucraniano.
A situação no campo de batalha continua a se intensificar, com ataques regulares de ambos os lados e uma crescente pressão sobre a Rússia para buscar uma solução militar decisiva, enquanto Kiev, com o apoio ocidental, busca continuar sua luta pela independência e soberania.