Segundo as autoridades russas, a operação na Ucrânia visa “desmilitarizar” e “desnazificar” o país eslavo e barrar a OTAN no leste Europeu
Um relatório da OTAN prevê que a nova estratégia russa seria reservar força aérea para lançar ataques contra países membros do bloco.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em relatório intitulado “Forças armadas da Rússia depois da Ucrânia: abaixo, mas não fora”, publicado nesta quarta-feira, analisa a situação atual das forças russas na operação na Ucrânia e como poderia levar a um novo ataque aos países membros do bloco militar.
O relatório sustenta que, apesar das perdas que a Rússia supostamente sofreu em termos de militares e armas, o país euroasiático ainda não “utilizou todo o seu potencial militar” em sua operação militar na Ucrânia, que está em andamento desde fevereiro deste ano.
Considerando o uso limitado do poder aéreo, a implantação gradual de sistemas de armas menos precisos na Ucrânia, ou o que parecem ser ataques moderados no ciberespaço, pode-se afirmar que “a narrativa oficial russa é quase sempre defensiva, mas a essência da abordagem de Moscou é mudar o status quo. Nesse contexto, um ataque contra um país da OTAN continua sendo uma possibilidade”, conclui o relatório.
O documento surge em um momento de alta tensão entre a Rússia e o Ocidente, depois que Moscou iniciou operações militares na Ucrânia após a rejeição das garantias de segurança exigidas por Moscou por parte dos Estados Unidos e OTAN.
Segundo as autoridades russas, a operação na Ucrânia visa “desmilitarizar” e “desnazificar” o país eslavo e impedir que a OTAN, liderada pelos Estados Unidos, o transforme numa base anti-Rússia.
Moscou acusa a OTAN de lutar contra a Rússia ao apoia o país europeu, apesar de negar sua participação direta no conflito entre Moscou e Kiev.