Alexandre Ramagem foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. O títere bolsonarista desperdiçava dinheiro público para espionar e perseguir brasileiros por motivos políticos
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (25) a Operação Vigilância Aproximada, para investigar um esquema criminoso de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Sob Bolsonaro, a Abin se tornou uma espécie de polícia secreta hitlerista, a famosa Gestapo.
A Gestapo foi a polícia secreta criada pelos nazistas com o objetivo de monitorar e perseguir indivíduos e grupos que pudessem representar alguma “ameaça” ao regime. A palavra gestapo é uma contração de geheim Staatspolizei, termo em alemão que significa “polícia secreta do Estado”.
A Abin monitorava ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.
Conforme noticiou o G1, um dos alvos da operação é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), diretor da Abin no governo Bolsonaro. “Há buscas sendo conduzidas no gabinete de Ramagem e no apartamento funcional da Câmara hoje ocupado por ele”, diz a reportagem.
Ao todo, policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).
Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.