O golpista venezuelano foi usado e descartado pelo império
A Rússia diz que a figura golpista da oposição venezuelana Juan Guaidó foi descartada pelos Estados Unidos, o que deve ser levado em consideração por aqueles que contam com a ajuda do Ocidente.
“Guaidó já não é nem um fantoche, mas simplesmente ninguém“, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, María Zajárova, sobre a demissão do autoproclamado “presidente interino”, Juan Guaidó.
Segundo a ministra russa, Guaidó perdeu o apoio que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) lhe prestaram há alguns anos, frisando que a eliminação da sua figura política já tinha começado no ano passado e estava prevista para o final de 2022.
Ela acrescentou que os americanos agora estão tentando fingir, por meio da oposição radical, que “a luta continua”, mas ninguém mais defende a criação de um novo presidente falso para a Venezuela.
Nesse sentido, alertou aqueles que contam com o apoio dos países ocidentais, em particular o presidente da Ucrânia, Volodímir Zelenski, e a líder da oposição bielorrussa, Svetlana Tikhanovskaya, para “manter a biografia de Guaidó como livro de travesseiro”.
Guaidó se proclamou “presidente interino” da Venezuela em janeiro de 2019 com o apoio do então presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump (2017-2021), que liderou uma ofensiva para derrubar o presidente venezuelano Nicolás Maduro, a quem bombardeou com sanções, incluindo um embargo de petróleo.
Em 31 de dezembro, os membros da Assembleia da oposição com 72 votos a favor puseram fim ao “interino” de Guaidó a partir de 5 de janeiro de 2023. Nesse sentido, a oposição venezuelana elegeu na sexta-feira a deputada Dinorah Figuera como a nova presidente no lugar de Guaidó à frente do poder legislativo.
Em 3 de janeiro, os Estados Unidos declararam que “respeitam” a decisão da Assembleia Nacional venezuelana, controlada pela oposição, e garantiram que seu país continuará trabalhando com Guaidó “como membro da Assembleia Nacional de 2015″.
