Rússia pode declarar vitória a qualquer momento, diz Hungria

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Ucrânia viola os direitos humanos

O Governo húngaro destacou que a Rússia possui tantas vantagens que já pode declarar a vitória contra a Ucrânia.

O chefe do Gabinete do Primeiro-Ministro húngaro, Gergely Gulyas, disse que Moscou pode decidir unilateralmente “declarar vitória qualquer momento” no conflito na Ucrânia, uma vez que “tem a vantagem”, segundo os meios de comunicação locais.

Em declarações proferidas durante um ato político, a autoridade húngara enfatizou que Moscou e Kiev estão em uma situação da qual é muito difícil sair, de fato, por enquanto, “as chances de paz são escassas”.

Sanções têm efeito contrário

Gulyas também reconheceu que as sanções anti-Rússia do Ocidente tiveram um efeito contrário ao que seus inimigos pretendiam alcançar, em um momento em que tais medidas apenas trouxeram à Rússia “lucro incrível” a ponto de “empurrá-la rumo à Ásia”, afastando-a da Europa no campo econômico.

Além disso, segundo o político, o mundo ocidental, incluindo a União Europeia (UE), não consegue mais fazer valer seus próprios interesses políticos, enquanto o bloco enfrenta um período econômico difícil.

Com efeito, a UE deve restabelecer as relações comerciais com a Rússia o mais rapidamente possível, pelo menos no domínio da energia, a fim de pôr fim à crise.

Gulyas ressaltou que a Hungria não considera necessário impor as mesmas sanções que outros países ocidentais a Moscou, pois seus interesses são diferentes e, em sua opinião, essas medidas acabariam favorecendo o Kremlin em vez de puni-lo.

Ucrânia viola direitos humanos de minorias

Em seguida, o chefe exigiu que Kiev garanta os direitos humanos básicos da minoria húngara que vive na Ucrânia, bem como dos outros grupos étnicos que habitam seu território.

De acordo com Gulyas, o governo ucraniano é um péssimo administrador para todas as minorias étnicas do país, embora sua política discriminatória tenha sido direcionada principalmente contra os direitos da minoria russa.

Desde o início da operação militar russa na Ucrânia em 24 de fevereiro, a União Europeia e seus aliados ocidentais impuseram várias rodadas de medidas restritivas contra a Rússia, incluindo  o congelamento dos ativos do Banco Central da Rússia  e sanções contra Putin e outras autoridades russas.

No entanto, a Rússia, por sua vez, prometeu reprimir as sanções ocidentais, alertando que essas medidas “não impedirão” Moscou de ajudar as Repúblicas Populares no leste da Ucrânia.

Além disso, ele afirma que sua operação militar na Ucrânia continua “como planejado”, apesar das táticas extremas de Kiev, e insiste que todas as hostilidades e medidas unilaterais dos aliados da Ucrânia só terão consequências negativas para o país, o próprio Ocidente.

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