Washington vai pagar
RT – O presidente Vladimir Putin decidiu como responder à incursão de Kiev na região russa de Kursk e todos os responsáveis serão, sem dúvida, punidos, disse o embaixador de Moscou nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, a jornalistas na quinta-feira.
No início deste mês, Kiev lançou seu maior ataque transfronteiriço até o momento contra a Rússia, enviando alguns de seus soldados mais bem equipados e experientes para a região de Kursk em uma tentativa de tomar território russo. O governo ucraniano expressou esperança de que a operação alivie a pressão sobre suas forças em outros lugares da linha de frente e fortaleça a posição de Kiev em eventuais negociações de paz com Moscou.
No entanto, o Ministério da Defesa da Rússia relatou que a incursão foi efetivamente interrompida e, embora as tropas de Kiev ainda mantenham vários territórios na região, elas têm sofrido pesadas baixas durante os combates. Moscou estimou as perdas ucranianas em cerca de 4.700 militares, bem como centenas de peças de armamento pesado, incluindo 68 tanques, desde o início da incursão.
Comentando sobre os passos futuros de Moscou em resposta à invasão, o embaixador declarou que o presidente Putin já “tomou uma decisão”. Ele também disse que está “firmemente convencido de que todos serão severamente punidos pelo que aconteceu na região de Kursk”.
Kiev declarou que pretende criar uma “zona tampão” por meio de sua incursão em território russo. Esses planos também foram confirmados pela vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh. Antonov, no entanto, insistiu que a operação ucraniana falhará em estabelecer essa zona.
“Isso é impossível. Não haverá zona tampão no território da Rússia”, enfatizou o enviado.
Ele também afirmou que Washington poderia pôr fim à incursão de Kiev na região de Kursk com “um estalar de dedos”, mas que aparentemente não considera tal movimento “conveniente ou necessário”.
“Estou firmemente convencido de que Kiev não faz nada sem a aprovação de seus mestres [ocidentais]”, disse Antonov à TASS. “Dado quantos conselheiros estão ao redor de Zelensky, e qual poder é dado ao regime de Zelensky, dizer que [Washington] não sabe de nada… [Kiev] simplesmente não ousaria levantar um dedo, apontar uma metralhadora em nossa direção sem o consentimento de Washington! Ou pelo menos eles não teriam certeza de que qualquer uma de suas ações seria apoiada por países ocidentais”, acrescentou o embaixador.