Após dois anos em alta, o mês de outubro registra desaceleração nos índices de destruição da cobertura vegetal
Dados apresentados pelo Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontaram redução de 15% no desmatamento no território do Pará no mês de outubro, em comparação a 2021. Neste ano, a área recoberta por alertas de desmatamento foi de 471 quilômetros quadrados (km²), enquanto em 2021 foi de 554 km². Os números foram analisados pelo Centro de Monitoramento Ambiental (Cimam), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
“Para alcançar menores índices de desmatamento, a Semas está instituindo um novo modelo de economia, por meio da agregação de valor à conservação da floresta, com alternativas de uso da terra sem conversão florestal, como propõe o Plano Estadual de Bioeconomia apresentado pelo Pará durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27). Durante o evento, também foi apresentada a estratégia para a restauração da floresta ‘Restaura Pará’, que deverá ser construída ao longo do próximo ano e apresentada na COP 28”, anunciou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida.Área de floresta no sudoeste do Pará – Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará
Amazônia Viva – Além do novo modelo econômico, a Secretaria está ampliando as ações de monitoramento e repressão ao desmatamento e à exploração ilegal da floresta por meio da Força Estadual de Combate ao Desmatamento. Já foram realizadas 28 fases da Operação Amazônia Viva, com o embargo de mais de 300 mil hectares de áreas identificadas com desmatamento ilegal.
Essa atuação se dá por meio de ações de fiscalização ambiental de forma integrada com as polícias Civil, Militar e Científica, e o Corpo de Bombeiros Militar, órgãos que compõem a Força Estadual de Combate ao Desmatamento. As ações fazem parte do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), que entre seus objetivos está a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).