Tudo sobre foguete gigante da Nasa que vai levar astronautas à Lua e a Marte

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Os foguetes de nova geração da agência espacial são enormes — maiores do que a Estátua da Liberdade — e estão sendo submetidos a testes antes de seu voo inaugural ainda em 2021.

Nasa está desenvolvendo um enorme foguete chamado Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês) para levar astronautas à Lua — e futuramente a Marte. O SLS é o veículo de lançamento mais poderoso construído desde 1960 e tem a sua estreia programada para o final de 2021.

A Nasa tem planos de enviar um homem e uma mulher à superfície lunar ainda nesta década — será o primeiro pouso com humanos na superfície do satélite natural desde a ida de Apollo 17, em 1972.

Nos últimos 20 anos, os astronautas têm feito viagens de rotina para a Estação Espacial Internacional (ISS), mas a Lua está quase mil vezes mais longe do que a ISS. Levar astronautas para lá requer um foguete muito mais poderoso.

O SLS é o equivalente moderno do Saturno V, o grande lançador construído durante a era das naves Apollo. Como o Saturno, ele é dividido em segmentos, ou estágios, empilhados uns sobre os outros. Mas o novo foguete também incorpora tecnologia do ônibus espacial.

A primeira versão do SLS será chamada de Bloco 1. Ele passará por uma série de atualizações nos próximos anos para que possa lançar cargas úteis mais pesadas para destinos além da órbita próxima da Terra.

O SLS Bloco 1 terá 23 andares acima da plataforma de lançamento — o que o torna mais alto do que a Estátua da Liberdade (93 m).

“É um foguete realmente imenso. É simplesmente enorme”, disse John Shannon, vice-presidente e gerente de programa do SLS da Boeing, a principal empresa contratada pela Nasa para a produção do foguete. “Simplesmente não se vê nada parecido desde o Saturno V”, afirmou Shannon à BBC em 2019.

O foguete lançará astronautas na próxima geração de veículos tripulados da Nasa — os veículos Orion. O SLS vai impulsinar o Orion às velocidades necessárias para sair da órbita próxima da Terra e viajar para a Lua.

Como funciona o foguete

Trabalhadores dentro do tanque de hidrogênio dos SLS fazem manutenção nas paredes — Foto: Nasa via BBC
Trabalhadores dentro do tanque de hidrogênio dos SLS fazem manutenção nas paredes — Foto: Nasa via BBC

O SLS consiste em um estágio central gigante flanqueado por dois impulsionadores de foguetes sólidos (SRBs). O núcleo abriga dois grandes tanques de armazenamento: um para o hidrogênio líquido, o combustível, e outro para o oxigênio líquido, que permite que o combustível queime. Juntos, eles são conhecidos como propelentes.

Na base do estágio central estão quatro motores RS-25, os mesmos que moviam o antigo lançador de ônibus espacial, aposentado em 2011.

Quando as câmaras do motor são alimentadas com hidrogênio líquido e oxigênio e é dada a ignição, começa uma reação química que produz enormes quantidades de energia e vapor. O vapor sai de bocais do motor a velocidades de 16 mil km/h e gera propulsão — a força que empurra o foguete para cima.

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