Uma mulher foi estuprada a cada dez minutos no Brasil em 2021, revela relatório

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Foram registrados 1.319 feminicídios no ano passado no país, uma leve queda de 2,7% em relação a 2020

O número de estupros de mulheres no Brasil aumentou em 2021 em 3,7% em relação ao ano anterior, para 56.098 casos, o que representa um abuso a cada dez minutos, segundo relatório publicado nesta segunda-feira (7).

Além disso, foram registrados 1.319 feminicídios no ano passado no país, ou seja, uma mulher foi assassinada a cada sete horas, uma leve queda de 2,7% em relação a 2020, embora os números ainda sejam considerados altos, segundo o relatório elaborado pela ONG Foro de Segurança Pública na véspera do Dia Internacional da Mulher.

“Os dados divulgados apontam para a urgência de implementação de políticas públicas de acolhimento, prevenção e enfrentamento à violência contra meninas e mulheres no Brasil”, disse Samira Bueno, diretora da ONG, citada em um comunicado de imprensa.

“Apesar do leve recuo na incidência de feminicídios, os números permanecem muito elevados,assim como os registros de violência sexual”, acrescentou.

A taxa de mortalidade por feminicídio é de 1,22 por 100.000 mulheres.

O relatório, baseado nas denúncias recolhidas nas delegacias, reflete somente as violações denunciadas, apenas parte dos abusos cometidos contra as mulheres.

Por outro lado, o levantamento mostra que o número de feminicídios aumentou particularmente de fevereiro a maio de 2020, “quando havia maior grau de restrição pelo isolamento social”, que confinou grande parte dos brasileiros em suas casas no início da pandemia da covid-19.

Voz do Pará com informações da AFP

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