Os vereadores da Câmara Municipal de Belém estiveram no mercado Ver-o-Peso para acompanharem a situação dos peixeiros e pescadores
A venda de peixes no Mercado do Ver-o-Peso, em Belém, foi afetada pelas suspeitas de síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”, segundo os vendedores do local. Os pescadores pedem melhores condições para armazenamento do pescado. Uma audiência pública foi realizada sobre a doença na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) para tentar encaminhar soluções para o impacto no setor pesqueiro.
Na capital paraense, foram três casos notificados, até então. Em todo estado, são nove casos em investigação e nenhum confirmado. Pesquisadores atuam em duas frentes de trabalho para monitorara a situação e investigar possíveis causas para a incidência da síndrome.
O décimo caso suspeito, divulgado na manhã de quarta (22) pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), foi descartado no início da noite do mesmo dia. Segundo a Secretaria, a mostra do pacientes deu positiva para leptospirose.
Dos nove casos em análise no estado, dois são em Belém, cinco em Santarém e outros dois em Trairão e Almeirim. Amostras foram encaminhadas para laboratório referência e ainda não há previsão para resultado dos exames.
Os vereadores da Câmara Municipal de Belém estiveram no mercado Ver-o-Peso para acompanharem a situação dos peixeiros e pescadores. Os trabalhadores pediram melhores condições para armazenamento do pescado, especialmente com a queda das vendas.
Muitas mentiras foram criadas em torno do consumo de peixes. As autoridades trabalham para desmitificar o pânico e a desinformação criada no que se refere ao consumo de peixes. O peixe do Pará é saudável, a população não precisa criar pânico”, afirmam.
A desinformação também foi debatida em uma audiência pública na quarta-feira (22) na Alepa. No encontro, que reuniu pesquisadores, autoridades e trabalhadores da área, foi debatido também a necessidade de fornecer algum tipo de auxílio aos pescadores afetados.
Fazer infraestrutura em uma feira é obrigação do gestor e não de quem vende o produto. Nesse momento, é necessário que o governo dê uma proteção emergencial a esses trabalhadores. É preciso observar as condições sanitárias, mas não significa que o consumo do peixe nescessite ser suspenso.
O que é Síndrome de Haff?
A síndrome de Haff ocorre por uma toxina que pode ser encontrada em alguns peixes como tambaqui, badejo e arabaiana ou crustáceos (lagosta, lagostim, camarão). Especialistas reforçam que peixes de cativeiro são seguros.
De acordo com o Ministério da Saúde, quando um peixe não foi guardado e acondicionado de maneira adequada, ele pode criar uma toxina sem cheiro e sem sabor que contamina quem consome o pescado.
Fonte: G1
