O presidente da Ucrânia lamentou a inação do Ocidente diante da operação militar russa em Donbass e informou as baixas da ofensiva
“Fomos abandonados na luta para defender nosso Estado. Quem está pronto para lutar por nós? Sinceramente, não os vejo”, questionou Volodymyr Zelensky em mensagem de vídeo dirigida à nação nesta quinta-feira sobre a situação no país após a operação militar russa realizada no mesmo dia.
Depois de condenar a inação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) diante da ofensiva russa, Zelensky assegurou que os líderes europeus “não estão dispostos” a aceitar a Ucrânia na Aliança porque são todos covardes e têm medo da Rússia.
“Hoje perguntei a 27 líderes europeus se a Ucrânia se juntaria à OTAN, questionei diretamente. Todo mundo tem medo. Eles não respondem”, lamentou o chefe de Estado ucraniano.
Além disso, informou que, até agora, 137 militares ucranianos foram mortos e outros 316 ficaram feridos durante os ataques russos.
Neste contexto, assinou um decreto que prevê a mobilização geral na Ucrânia, por um período de 90 dias a partir da entrada em vigor, com o objetivo de garantir a defesa do Estado, mantendo a prontidão de combate.
Na manhã de quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou sua decisão de realizar uma operação militar especial para defender a área disputada de Donbas, onde estão localizadas as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk.
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El presidente ucraniano Volodimir Zelenski informa que las fuerzas especiales rusas han entrado en Kiev, la capital. “Nos hemos quedado solos. No veo quien esté listo para luchar por nosotros”, ha declarado.pic.twitter.com/4yUvrjRtP4
— Descifrando la Guerra (@descifraguerra) February 24, 2022
Poucas horas após o início da operação militar russa e apesar dos compromissos do Ocidente em defender Kiev no caso de um ataque de Moscou, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, declarou que este bloco militar não tem planos de enviar tropas para a Ucrânia .
Isso enquanto as tensões entre Rússia, Ucrânia e países ocidentais aumentaram devido a uma possível adesão do governo ucraniano ao bloco militar, liderado pelos Estados Unidos.