O governo Lula reverteu a extinção do Ceitec e disse que a estatal representa uma oportunidade para impulsionar o setor de chips no Brasil
O governo brasileiro planeja retomar o plano de fabricar chips semicondutores no país. Para isso, o presidente Lula assinou um decreto na última segunda-feira (06) que impede a extinção do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A (Ceitec). A estatal passava pelo processo de “dissolução societária”, iniciado no governo de Jair Bolsonaro.
O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira, e excluiu o Ceitec do Programa Nacional de Desestatização (PND). Segundo o governo, o novo decreto considera as conclusões de um grupo de trabalho interministerial, que avaliou o processo de dissolução da estatal, criada em 2008.
A retomada da Ceitec representa uma oportunidade importante para impulsionar o setor de semicondutores, aumentando a competitividade e relevância do Brasil no mercado global.
Nos últimos anos, o Ceitec recebeu R$ 800 milhões em aportes públicos. No entanto, a estatal nunca conquistou relevância nacional ou internacional dentro do mercado de chips. As informações são de O Globo.
Setor é alvo de intensas disputas mundiais
Atualmente, o mercado de chips semicondutores é dominado por Taiwan e Coreia do Sul. Mas nos últimos anos a China tem investido pesado no setor, o que gera preocupações no governo dos Estados Unidos e de países europeus.
Para evitar o desenvolvimento da tecnologia chinesa e uma dependência de Pequim, várias sanções foram anunciadas contra a China. Essa disputa ficou conhecida como a “guerra dos chips“.
A Casa Branca anunciou uma série de medidas que proíbem que o governo chinês importe os chips mais avançados, mas também adquira os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.