América “La China”: Brasil quer elevar cooperação estratégica com gigante asiático

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Assessor presidencial brasileiro e chanceler chinês elogiam a cooperação estratégica bilateral

247 – O assessor especial para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, recebeu na sexta-feira o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, com ambos destacando a cooperação estratégica entre os dois países.

De acordo com informações da agência Xinhua, Amorim disse que a parceria estratégica abrangente Brasil-China transcende o âmbito bilateral e se torna um importante fator de equilíbrio na arena internacional, o que é propício à paz e à estabilidade mundiais.

Diante das mudanças e do caos no mundo atual, o Brasil está disposto a fortalecer ainda mais a comunicação e a coordenação estratégica com a China e elevar a cooperação estratégica abrangente entre os dois países a um novo patamar, acrescentou.

O Brasil apoia firmemente a posição da China sobre a questão de Taiwan e continuará a respeitar o princípio de Uma Só China, o que tem sido um consenso de sucessivos governos brasileiros e não mudará, enfatizou.

Wang disse que o Brasil é o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer uma parceria estratégica com a China e o primeiro grande país latino-americano a elevar as relações bilaterais para uma parceria estratégica abrangente. Os interesses dos dois países estão estreitamente integrados, e a cooperação bilateral em vários campos tem estado na vanguarda da cooperação China-América Latina e tem desempenhado um importante papel de liderança.

Ele agradeceu ao Brasil por seu firme apoio à China na salvaguarda de seus interesses centrais, o que, segundo ele, demonstra plenamente a importância da parceria estratégica abrangente China-Brasil.

O lado chinês está pronto para aproveitar o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países como uma oportunidade para aprofundar a cooperação bilateral em vários campos e direções, fortalecer o alinhamento das estratégias de desenvolvimento e construir uma comunidade China-Brasil com um futuro compartilhado, acrescentou Wang.

Wang observou que o mundo entrou em um novo período de turbulência e transformação, marcado pelo aumento da incerteza e instabilidade. Como potências emergentes independentes, a China e o Brasil devem primeiro administrar bem seus próprios assuntos, ao mesmo tempo em que fortalecem a unidade e a cooperação e ancoram objetivos comuns para demonstrar suas responsabilidades como grandes países e se tornar forças estabilizadoras cruciais em um sistema multipolar.

A China apoia o Brasil no desempenho de um papel maior nos assuntos internacionais e regionais e está pronta para trabalhar com o Brasil para fortalecer a cooperação estratégica para melhor salvaguardar os interesses comuns dos países em desenvolvimento e responder aos desafios globais de forma mais eficaz, disse Wang.

Os dois lados também trocaram opiniões sobre o fortalecimento da cooperação nas Nações Unidas, a cooperação do BRICS, a cooperação China-América Latina e a exploração da cooperação sub-regional, como com o Mercado Comum do Sul (Mercosul).

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