Fonte de preocupação, variante Delta já circula em 92 países do mundo

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Variante originária da Índia tem demonstrado uma maior taxa de contaminação e por isso as medias preventivas ser mantidas e é preciso mais celeridade na vacinação

A variante Delta do coronavírus circula atualmente em 92 países. A informação foi dada pela líder técnica da resposta da Organização Mundial de Saúde (OMS) à pandemia de Covid-19, Maria Van Kerkhove, em entrevista coletiva da entidade. “Essa cepa tem demonstrado uma maior taxa de contaminação, mas ainda não temos conhecimento de que sua taxa de mortalidade seja mais elevada”, afirmou.

A epidemiologista americana reforçou que as medidas de distanciamento e saúde pública funcionam na prevenção contra a cepa. “Ainda estamos aprendendo, mas estamos preocupados, uma vez que a variante Delta tem continuamente se espalhado de maneira rápida pelos países”.

Kerkhove ressaltou que estudos demonstram que as vacinas já existentes são eficazes contra a cepa Delta, ainda que ocorra redução da neutralização do vírus. Mas pontuou que é possível que, em algum momento, “haja uma constelação de variantes e que as vacinas percam sua eficácia”.

O diretor executivo, Michael Ryan, insistiu na necessidade de que todos os indivíduos suscetíveis a condições mais severas da doença, como pessoas com comorbidade e idosos, sejam vacinados ao redor do mundo. “Esse vírus tem potencial de ser mais letal por ser mais facilmente transmissível entre humanos e encontrará essas pessoas mais vulneráveis”, afirmou.

O comando da OMS disse que já enviou vacinas a “mais de 131 países”, no âmbito da Iniciativa Covax. No total, já foram despachadas mais de 90 milhões de doses, informou a entidade.

Transferência de tecnologia para África do Sul

Em entrevista coletiva à imprensa da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a Covid-19, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, anunciou um programa que permitirá a transferência de tecnologias para produção de vacinas contra a Covid-19 na África do Sul. O continente africano tem enfrentado um aumento recente no número de casos e mortes de Covid-19, alertou Tedros.

Ainda na coletiva, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, reforçou a importância de mudar a narrativa da África como “centro de doenças e pobre em desenvolvimento”. “Criaremos uma narrativa que celebra sucesso contra o fardo da doença, (uma história) de independência e de avançado desenvolvimento sustentável”, disse.

Nos países norte-africanos, mais desenvolvidos, metade dos cidadãos estão vacinados, de acordo com o presidente. “Nós, no Sul, ainda estamos sofrendo, sofrendo com a falta de acesso a vacinas”, acrescentou. “Temos 1,2 bilhões de pessoas (em toda a África), com 60% a 70% esperando vacinas e apenas 2% já vacinadas”.

Em discurso gravado, o presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou que todo país tem que ter habilidade de produzir sua própria vacina. “Estou orgulhoso que a OMS escolheu o consórcio liderado pela Afrigen e Biovac, uma companhia que a França tem apoiado há anos”, disse Macron. “Essa iniciativa é a primeira de várias que continuaremos a apoiar com nossos parceiros europeus, guiados pela convicção de que a ação global é necessária para esta batalha do século”.

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