Jogos Paralímpicos começam com boas chances de medalhas para o Brasil

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
No total, o Brasil terá 260 atletas competindo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro

Depois do sucesso da Olimpíada de Tóquio, chegou a vez da Paralimpíada brilhar. Os Jogos especiais para atletas com deficiência começam nesta terça-feira (24). A cerimônia de abertura está marcada para as 8h da manhã (horário de Brasília), com expectativas altas para o Time Brasil e em meio à preocupações crescentes sobre a pandemia de Covid-19 no país-sede. No mesmo dia, começam as disputas esportivas do evento, que irá até o dia 5 de setembro. Lembrando que o fuso horário é de 12 horas. Haverá disputas na madrugada, no começo da manhã e no no início da noite no Brasil.

A cerimônia de abertura, assim como a da Olimpíada, deve ser reduzida, com as delegações tendo certo limite para o número de pessoas que irão desfilar. Os porta-bandeiras do Brasil serão Petrúcio Ferreira (atletismo) e Evelyn Oliveira (bocha), ambos medalhistas de ouro na Rio-2016. No mesmo dia, já começam algumas modalidades nas quais o Brasil tem expectativa de medalha, como a natação e o goalball, no período da noite do horário de Brasília.

A maior parte das competições da Paralimpíada também deve acontecer de madrugada, com disputas de medalhas à noite e de manhã no horário do Brasil (período entre as 19h da noite até por volta do meio dia do dia seguinte). A transmissão será do SporTV e da Rede Globo. O Estadão vai informar seus leitores com as principais conquistas, resumos de cada dia e atualizando o quadro de medalhas.

Delegação

No total, o Brasil terá 260 atletas competindo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro. Serão 164 homens e 96 mulheres, formando a maior delegação em uma disputa fora do país – na Rio-2016, 286 atletas brasileiros estiveram presentes. A delegação pode chagar a quase 500 pessoas em Tóquio.

Nos Jogos do Rio, o Brasil ficou em oitavo lugar no quadro de medalhas, com 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes. O Comitê Paralímpico Brasileiro espera que o time se mantenha entre os dez primeiros colocados – feito alcançado nas últimas três edições da Paralimpíada – e nutre certa expectativa pela chegada do centésimo ouro paralímpico, sendo que o Brasil já conquistou 87.

Serão atletas de 22 estados brasileiros e do Distrito Federal em disputas de 20 modalidades. O Brasil só não possui representantes no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas. A modalidade com o maior número de competidores será o atletismo, com 65 representantes e 19 atletas-guia.

Oportunidades de medalha não vão faltar. Um deles vem com Daniel Dias, da natação classe C5 (má-formação congênita), que já conquistou 14 ouros, sete pratas e três bronzes em Paralimpíadas; Beth Gomes, no atletismo classe F52 (cadeira de rodas), campeã e recordista mundial no lançamento de peso; e a seleção de futebol de 5 (cegos), que conquistou o ouro nas quatro vezes que o esporte esteve nos Jogos. 

A premiação por medalha para os atletas brasileiros já está definida: quem conquistar o ouro num esporte individual receberá R$ 160 mil. A prata pagará R$ 64 mil e o bronze, R$ 32 mil. Em modalidades coletivas, os valores serão pela metade: medalhistas de ouro receberão R$ 80 mil; de prata, R$ 32 mil; de bronze, R$ 16 mil.

Os Jogos de Tóquio também marcam a estreia de duas modalidades, o parabadminton e parataekwondo. Ambas começam na segunda metade das disputas.

Refugiados

Assim como nos Jogos Olímpicos, os Paralímpicos trazem um time de atletas refugiados. Eles representam milhões de pessoas que se viram obrigadas a deixar seus países fugindo de conflitos, guerras, perseguições ou pobreza extrema.

O time de refugiados é composto por seis atletas: Parfait Hakizimana, atleta de taekwondo nascido no Burundi; Ibrahim Al Hussein, nadador nascido na Síria; Shahrad Nasajpour, do arremesso de disco, nascido no Irã; Alia Issa, atleta do arremesso de peso nascida na Grécia, mas filha de refugiados sírios; e Anas Al Khalifa, canoísta nascido na Síria.

Pandemia

A preocupação com o coronavírus continua presente e talvez até mais forte do que na Olimpíada. Apenas nesse domingo (22), 30 casos positivos ligados aos Jogos Paralímpicos foram confirmados, chegando a um total de 131. Dois membros da delegação brasileira estão entre os infectados, mas o CPB não revelou os nomes deles ou as funções.

Tóquio ainda está em estado de emergência por causa da Covid-19. No domingo, foram anunciados 4.392 novos casos, após quatro dias consecutivos com mais de 5 mil casos diários. O Comitê Organizador pensa em aumentar a frequência dos testes PCRs e impor mais restrições, como forma de evitar novas transmissões. Ainda assim, o governo de Tóquio pensa em permitir a presença de crianças das escolas da cidade nas arenas de disputa. O público adulto está vetado. (Agência Brasil)

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