Plano da NASA para trazer amostras de Marte causa preocupação em audiência; agência garante segurança

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As audiências aconteceram em Utah e na Flórida, em regiões onde a NASA diz que ocorrerão a decolagem e o pouso dessa missão

Perseverance chegou a Marte em 2021 com o intuito de encontrar amostras de materiais que indiquem a existência de vida, pelo menos em um passado remoto, no planeta vermelho. No entanto, a parte mais ousada desse plano é uma missão da NASA que deve trazer à Terra pedras coletadas pelo rover. 

Isso não deve acontecer tão cedo, a agência espacial ainda detalha o plano que tem previsão de ocorrer em meados de 2033 e envolve a construção de uma instalação segura para armazenar o material coletado não esterilizado. Já que se a ideia é encontrar elementos que indiquem a presença de vida, esterilizar as amostras pode mandar tudo por água abaixo. 

No entanto, existem preocupações com possíveis consequências que essas amostras não esterilizadas de Marte podem trazer para a Terra, incluindo patógenos e microbios alienígenas. Em uma audiência aberta sobre o plano, a NASA relatou que a estratégia é segura e o risco de algum patógeno se espalhar entre humanos dessa forma é “extremamente baixo”.

Missão para trazer amostras de Marte

“Acreditamos que este seja o próximo passo lógico em nossa busca para eventualmente pousar humanos na superfície de Marte”, disse Thomas Zurbuchen, astrofísico e chefe de ciência da NASA. O especialista também explicou que essas amostras são “a melhor oportunidade para revelar a evolução inicial de Marte, incluindo o potencial”.

Durante a audiência, algumas pessoas do público, incluindo médicos e engenheiros, perguntaram sobre o risco que as amostras podem trazer para a Terra. “Estudadas fora do mundo e remotamente devido ao risco de contaminação planetária. Mesmo que o risco seja mínimo, nada acima de 0% de chance deve ser trazido de volta à Terra”, disse um comentário.

Nathan Yee, professor e ex-funcionário da NASA, disse que as amostras não possuem a capacidade de se conectarem tão facilmente ao corpo humano. “Tem que haver um longo, longo tempo de evolução para que os micróbios aprendam a interagir e se ligar às células animais, entrar nas células animais e usar a maquinaria de uma célula animal para se replicar”, explicou. No entanto, ele diz que caso as amostras tenham “restos de vidas passadas”, isso pode ser um problema.

As audiências aconteceram em Utah e na Flórida, em regiões onde a NASA diz que ocorrerão a decolagem e o pouso dessa missão. Além da NASA, a agência espacial chinesa pretende trazer amostras do planeta vermelho para a Terra. A expectativa da agência, inclusive, é conseguir realizar a missão antes dos americanos.

Fonte: Olhar Digital

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