O ex-presidente foi condenado a pagar à escritora cerca R$ 25 milhões por danos
Os jurados decidiram, nesta terça-feira (9), que Donald Trump abusou sexualmente da escritora E. Jean Carroll na década de 1990 e depois a difamou ao rotulá-la de mentirosa. Isso impõe ao ex-presidente dos Estados Unidos um revés em sua campanha para retornar à Presidência dos Estados Unidos em 2024.
O júri de nove membros do tribunal federal de Manhattan concedeu à escritora uma indenização de cerca de 5 milhões de dólares em danos compensatórios e punitivos.
O júri deliberou por pouco menos de três horas, rejeitou a negativa de Trump de ter abusado de Carroll e decidiu a favor dela. Para considerá-lo responsável, o júri de seis homens e três mulheres era obrigado a chegar a um veredicto unânime.
Carroll acusou Trump de estuprá-la no camarim de uma loja de departamentos da Quinta Avenida na década de 1990, mas não conseguiu provar que realmente teve relações sexuais com ela e o fez sem consentimento.
O juiz distrital sênior dos EUA, Lewis A. Kaplan, que presidiu o caso, observou que a relação sexual inclui “qualquer penetração do pênis na abertura vaginal”.
Trump sempre negou ter conhecido Carroll e insistiu que todo o julgamento foi politicamente motivado.
“Eu não tenho absolutamente nenhuma ideia de quem é essa mulher. Este veredicto é uma desgraça – uma continuação da maior caça às bruxas de todos os tempos!” Trump postou no Truth Social logo após o veredicto.
Vários veículos relataram que o processo de Carroll foi proposto pelo ativista anti-Trump George Conway e financiado pelo bilionário LinkedIn, fundado por Reid Hoffman – um importante doador dos democratas.