Garçom assassinado brutalmente pelo governo Tarcísio era pai e funcionário exemplar no Guarujá

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Filipe do Nascimento era garçom e vendedor em uma barraca na Praia das Astúrias. “Era um dos que mais vendia”, afirmou seu ex-patrão, Douglas Brito

247 – No último trágico episódio ocorrido em Guarujá, no litoral paulista, um garçom exemplar e querido pela comunidade local perdeu sua vida de forma injusta. Filipe do Nascimento, um jovem de apenas 22 anos, era conhecido por sua pontualidade e dedicação ao trabalho. Como funcionário de um estabelecimento comercial, ele sempre se mostrou comprometido, sendo um dos que mais vendiam e cativavam clientes com seu carisma.

Segundo Douglas Brito, seu patrão, Filipe era um rapaz que não tinha o hábito de faltar e gozava de grande simpatia tanto entre o pessoal do local como entre os frequentadores. Caracterizava-se por sua postura positiva, evitando falar mal dos outros e, na maior parte do tempo, preferindo ser reservado em suas palavras, segundo o g1. No entanto, ele se permitia tirar brincadeiras com os mais jovens, trazendo leveza ao ambiente.

Filipe é natural do estado de Pernambuco e não tinha família em São Paulo. Ele tinha uma filha pequena e duas enteadas, de 7 e 9 anos. A esposa de Filipe disse ao seu patrão que ele havia saído de bicicleta por volta das 20h para comprar macarrão em um mercado próximo de sua residência.

Nas redes sociais, especialmente no TikTok e no Kwai, Filipe compartilhava momentos descontraídos, buscando interagir com seu público e conquistar mais seguidores. Seus vídeos variavam entre danças animadas e exibição de seus talentos artesanais, demonstrando orgulho por suas criações. Mesmo buscando uma maior visibilidade na plataforma, seus conteúdos refletiam sua essência alegre e criativa.

No entanto, sua vida foi interrompida de forma trágica durante a Operação Escudo, organizada após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, resultando em um total de 16 mortes até o momento da reportagem. O boletim de ocorrência registrou o acontecimento como morte decorrente de intervenção policial, justificada como legítima defesa pelos policiais envolvidos.

Conforme relatos dos agentes da Polícia Militar, ao adentrarem uma viela no bairro Morrinhos 4, foram surpreendidos por um indivíduo que surgiu na porta empunhando uma arma. Neste momento crítico, um sargento e um cabo responderam com disparos de fuzil a cerca de 2,5 metros de distância de Filipe.

Entretanto, a morte prematura de Filipe do Nascimento causou perplexidade e indignação na comunidade local. A família e amigos do garçom questionam a narrativa da legítima defesa, reforçando que ele não possuía histórico criminoso e não tinha envolvimento com atos ilegais. Além disso, acredita-se que a situação poderia ter sido tratada com menos letalidade, evitando uma tragédia que deixou todos consternados.

Enquanto a investigação prossegue, a lembrança de Filipe permanecerá viva na memória daqueles que o conheceram como um jovem alegre, trabalhador e cheio de sonhos. Sua partida precoce suscita reflexões sobre a importância de buscar soluções menos violentas para conflitos e reforça a necessidade de um diálogo constante entre a sociedade e as forças de segurança, na busca por um futuro mais justo e seguro para todos.

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