Pará registra maior percentual na geração de empregos da região Norte

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Estudo do Dieese aponta que mais de 15 mil postos de trabalhos com carteira assinada foram gerados no Pará, de janeiro a maio de 2022

De janeiro a maio de 2022, mais de 15 mil postos de trabalhos com carteira assinada foram gerados no Pará, o que representa o maior percentual registrado na geração de empregos de toda a Região Norte, de acordo com estudo divulgado, nesta terça-feira (28), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA), com base nos dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Previdência.

“O Pará tem mantido saldo positivo na geração de novos empregos ao longo dos últimos anos. Mesmo em meio à crise sanitária, o estado investiu em políticas públicas, em programas de transferência de renda e em vacina, o que contribuiu para a manutenção da economia e na garantia de saúde, de cuidado com a população. A reabertura de mercado pós pandemia também é fruto das atividades de trabalho que agora voltam à sua normalidade, frente ao número significativo de pessoas vacinadas, o que contribui e dar mais segurança”, ressalta Inocêncio Gasparim, titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). 

Somente no mês de maio deste ano, no comparativo entre admitidos e desligados, o estado apresentou saldo positivo de empregos formais com a geração de mais de 6,3 mil postos de trabalhos com carteira assinada. Nos últimos 12 meses, a contar de junho de 2021 a maio de 2022, o Pará registrou mais de 56 mil postos de trabalhos. 

O secretário destaca que a carteira de obras estaduais (estradas, escolas, creches, estádio em reforma, hospitais); o incentivo ao consumo; o aquecimento da indústria, tem ajudado o Pará a se manter no ranking de geração de empregos na região. “Sem contar com a qualificação profissional, um investimento de aproximadamente 60 milhões em cursos de qualificação por todo o estado, que tem gerado novas oportunidades a jovens e adultos, e consequentemente aumentado as possibilidades de empregabilidade e abertura de novos negócios”, explica.

A maior segurança e a garantia de direitos são benefícios da carteira assinada que o porteiro Paulo Miranda Lima, 36 anos, da Escola Estadual Dionísio Bentes de Carvalho, em Rondon do Pará, destaca. “É muito melhor do que ficar fazendo bico, porque, com a carteira de trabalho, temos direitos assegurados, férias, 13º salário, que eu não tinha antes. Significa mais segurança para o futuro”, pontua.

No balanço do ranking nacional, tanto nos cinco primeiros meses deste ano, como também nos últimos 12 meses, o Pará foi 14º estado do país que mais gerou empregos com carteira assinada, no comparativo entre admitidos e desligados, e o maior resultado de toda a região Norte. Este estudo é parte integrante do projeto do Observatório do Trabalho do Estado do Pará, parceria entre o DIEESE/PA e o Governo do Estado do Pará, por meio da Seaster.

O dia 28 de março marcou a vida de Beatriz Nahum, 23 anos, porque foi o seu primeiro dia como recepcionista na Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa). Há pouco mais de 4 meses, ela conquistou o primeiro emprego. “Foi uma oportunidade que surgiu e eu aproveitei, porque sei que muita gente ainda não teve essa chance, especialmente desde o início da pandemia, quando as coisas ficaram mais difíceis. E ver que a quantidade de gente trabalhando está aumentando é muito importante”, destaca. 

 Setores em destaque

No mês de maio de 2022, o setor com o maior destaque em relação aos saldos positivos de empregos formais foi o da Construção, com a geração de 2.135 postos de trabalhos, seguido do Setor Serviços, Indústria, Comércio e da Agropecuária. 

Nos cinco primeiros meses deste ano todos os Setores Econômicos do Estado apresentaram saldos positivos de empregos formais, com destaque para o Setor Serviços com a geração de 8.324 postos de trabalhos, seguido do Setor Comércio (3.214 postos), Setor da Indústria (1.867 postos), Setor da Agropecuária (866 postos) e do Setor da Construção (862 postos). Todos os Setores Econômicos do Estado também apresentaram crescimento na geração de empregos formais nos últimos 12 meses, com destaque para o Setor Comércio com a geração de 17.367 postos de trabalhos e para o Setor Serviços com a geração de 17.300 postos de trabalhos.

Região Norte

Nos cinco primeiros meses de 2022, no comparativo entre admitidos e desligados, todos os Estados da Região Norte apresentaram crescimento na geração de empregos formais, com destaque para o Pará com a geração de 15.233 postos de trabalhos, seguido do Estado do Amazonas (12.975 postos); Rondônia (8.179 postos); Tocantins (6.153 postos); Amapá (3.499 postos); Acre (3.205 postos); e Roraima (2.747 postos). A região registrou neste período um saldo positivo de 51.991 postos de trabalhos. 

O Pará também foi destaque entre os estados da Região Norte nos últimos 12 meses. No comparativo entre admitidos e desligados, gerou 56.160 postos de trabalhos, o que representa mais de 15 mil postos gerados pelo Estado do Amazonas (40.956 postos de trabalhos). Nesse período, em todo o Norte foram feitas 1.040.550 admissões, contra 888.303 desligamentos gerando um saldo positivo de 152.247 postos de trabalhos formais.

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