Veja a primeira foto tirada pelo telescópio James Webb divulgada pela NASA

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O registro foi feito usando a ferramenta  Near-Infrared Camera (NIRCam) e é resultado de uma composição feita a partir de imagens em diferentes comprimentos de onda, totalizando 12,5 horas

NASA revelou na noite desta segunda-feira (11) a primeira foto oficial feita pelo telescópio espacial James Webb. A imagem é a mais profunda e distante feita do universo com tecnologia infravermelha até hoje e mostra o aglomerado de galáxias SMACS 0723.

“Esta primeira imagem do Telescópio Espacial James Webb da NASA é a imagem infravermelha mais profunda e nítida do universo distante até hoje. Conhecida como o Primeiro Campo Profundo de Webb, esta imagem do aglomerado de galáxias SMACS 0723 está repleta de detalhes. Milhares de galáxias – incluindo os objetos mais fracos já observados no infravermelho – apareceram na visão de Webb pela primeira vez. Esta fatia do vasto universo cobre um pedaço de céu aproximadamente do tamanho de um grão de areia segurado no comprimento de um braço por alguém no chão”, diz o texto divulgado pela agência.

O registro foi feito usando a ferramenta  Near-Infrared Camera (NIRCam) e é resultado de uma composição feita a partir de imagens em diferentes comprimentos de onda, totalizando 12,5 horas. Segundo a NASA, o registro alcança profundidade de ondas infravermelhas além do pelo Telescópio Espacial Hubble, o antecessor espiritual do James Webb.

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Essa imagem é sem precedentes. Nunca antes houve um registro tão massivo de tantas galáxias de uma só vez. Para se ter uma ideia, esse aglomerado está a cerca de 4 bilhões de anos-luz de distância.

“Desde o início da história, os humanos olharam para o céu noturno com admiração e, graças a pessoas dedicadas que trabalham há décadas em engenharia e em maravilhas científicas, podemos olhar para o céu com uma nova compreensão”, disse a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, que participou da transmissão.

Essa é só a primeira amostra do telescópio lançado no ano passado. Na terça-feira (12), a partir das 11h30, mais imagens gravadas pelo James Webb vão ser mostradas pela agência com transmissão ao vivo a partir das 10h45 (horário de Brasília). As fotos, ainda são resultados dos testes dos instrumentos realizados pelo telescópio durante seus primeiros meses no espaço. A partir de agora a divulgação de imagens e dados deve se intensificar. 

“O lançamento dessas primeiras imagens marcam o início oficial das operações científicas do James Webb, as quais continuarão a explorar os temas essenciais científicos da missão. Vários times [de astrônomos] já se registraram [para usar o telescópio] por meio de um processo competitivo, no que especialistas referem-se como o seu ‘primeiro ciclo’, ou primeiro ano de observações”, diz trecho do comunicado da NASA.

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  • Nebulosa de Eta Carinae: também referida como “Nuvem de Carina”, a nebulosa é uma das maiores e mais brilhantes, posicionada a 7,6 mil anos-luz de nós. Nebulosas são pontos do espaço contendo todos os elementos de formação de estrelas – e Eta Carinae é a casa de várias estrelas massivas, milhares de vezes maiores que o Sol
  • WASP-96 b: um exoplaneta composto majoritariamente de gás e localizado a 1.150 anos-luz da Terra, tem uma órbita de 3,4 dias ao redor de sua estrela. Ele tem mais ou menos a metade da massa de Júpiter e foi originalmente descoberto em 2014. uma curiosidade sobre ele é que sua atmosfera tem absolutamente zero nuvens
  • NGC 3132: essa nebulosa planetária localizada na constelação de Vela tem uma natureza expansiva – ou seja, ela não para de crescer – e está orbitando uma estrela em processo de morte (Vega). A nebulosa tem mais ou menos meio ano-luz de diâmetro
  • O Quinteto de Stephan: um conjunto com cinco galáxias na constelação de Pegasus, a mais ou menos 290 milhões de anos-luz. Foi o primeiro grupo de galáxias compactas que nós descobrimos, lá em 1877. Dessas cinco galáxias, quatro estão presas em um movimento fixo que as faz “quase” baterem entre si 
  • SMACS 0723: Possivelmente o mais difícil de explicar de todos os alvos, este se trata de um grupo de galáxias que funcionam como lentes gravitacionais para observação astronômica. Basicamente, eles “entram” no caminho entre um telescópio e o objeto observado, grandemente ampliando a luz do objeto e permitindo ao telescópio enxergá-lo com mais riqueza em detalhes.

O telescópio espacial James Webb é o sucessor espiritual do Hubble, o mais famoso e longevo telescópio que a humanidade levou ao espaço. Originalmente lançado em abril de 1990, o Hubble foi responsável por inúmeras descobertas que, hoje, são de conhecimento comum para qualquer entusiasta da astronomia.

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