Internet da Starlink já está em 90% dos municípios da Amazônia Legal

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Mas  basta o Elon Musk desligar o “roteador” e toda a região fica isolada novamente

Um levantamento revelou que a Starlink, a rede de internet via satélite de Elon Musk, já alcançou 90% dos municípios na vasta região da Amazônia Legal no Brasil. Isso trouxe conectividade para áreas que enfrentam desafios com infraestrutura tradicional de banda larga. No entanto, a promessa de fornecer internet a escolas rurais não se concretizou, de acordo com o Ministério da Educação. Além disso, a tecnologia da Starlink foi utilizada para comunicações em terras indígenas, mas também foi detectada em garimpos ilegais na região, levantando preocupações.

A Starlink, a rede de internet via satélite de Elon Musk, expandiu sua presença na Amazônia Legal, uma vasta região que abrange nove estados brasileiros. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Starlink já possui clientes em 697 dos 772 municípios da Amazônia Legal. A maioria desses municípios enfrenta dificuldades com a infraestrutura tradicional de banda larga.

O acesso à internet via satélite permitiu melhorias significativas na comunicação em terras indígenas e áreas remotas, como postos de saúde que agora podem transmitir informações e solicitações de resgate. Além disso, moradores de cidades em Roraima e Acre relataram a capacidade de usar cartões de débito, crédito e realizar pagamentos via Pix graças à conexão da Starlink.

Em maio de 2022, Elon Musk demonstrou entusiasmo em fornecer internet a escolas rurais e para monitoramento ambiental na Amazônia durante sua visita ao Brasil. No entanto, o Ministério da Educação afirmou que não existe uma parceria formal com a Starlink para esse fim, e autoridades de vários estados relataram que suas instituições de ensino não receberam sinal de internet da Starlink.

Apesar dos benefícios da Starlink, surgiram preocupações. Os conflitos diplomáticos que se espalham pelo mundo, deixa a conectividade dessas regiões nas mãos dos Estados Unidos. Então basta o Elon Musk desligar o “roteador” e toda a região fica isolada novamente. Assim, o Brasil deve criar sua própria estratégia de conectividade.

A rede também foi utilizada por garimpeiros ilegais na Amazônia. Em março, agentes federais brasileiros encontraram antenas de internet da Starlink em garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami, acompanhadas de armas e munições. Entre fevereiro e maio, um levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) registrou 11 kits de banda larga via satélite em áreas de garimpo. Esse número aumentou para 32 até setembro.

Embora a Starlink tenha trazido melhorias significativas na conectividade para a região da Amazônia Legal, o uso inadequado da tecnologia em atividades ilegais destaca desafios significativos que precisam ser enfrentados na região.

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